O barulho dos pássaros gorjeando fizeram o subconsciente de Any despertá-la; seus olhos se abriram e uma ruga se formou em sua testa ao constatar que ela estava sozinha. Onde Savannah estaria? Era, de fato, cedo demais ainda, mas o sol já esquentava sua pele mesmo através do vidros do caminhão.
A garota se espreguiçou e saiu do caminhão para escovar os dentes e assim que terminou guardou sua escova novamente. Bufou ao olhar em volta e não ver Savannah. Será que ela estaria lá atrás com as meninas? Ela havia dito que elas não acordavam tão cedo.
-- Procurando por mim? -- A voz rouca fez Any dar um gritinho de susto, erguendo os olhos para seguir a direção da voz.
-- O que faz aí em cima? -- Ela perguntou ao ver que Savannah estava em cima do caminhão.
-- Contemplando a natureza.
-- Como subiu aí? -- A curiosidade de Any era algo sempre presente.
-- Por quê? Quer vir também? -- Any assentiu e Savannah riu. -- Entrei pela janela do caminhão. -- Ao ver Any franzir o cenho Savannah riu novamente. -- Entre no caminhão e feche a porta. -- Any obedeceu.
-- E agora?
-- Agora passe pela janela e fique em pé escorada nela. -- Any pareceu insegura, mas seguiu as instruções da voz. -- Vem, eu te ajudo. -- Savannah lhe ofereceu a mão e o toque cálido fez Any esquecer o medo que estava de cair.
-- Uau! -- Any expressou encantada com a visão assim que chegou ao topo do caminhão, sem jamais se soltar do toque macio das mãos de Savannah. -- Isso é incrível. -- O sorriso de Savannah foi genuíno e ela assentiu com a cabeça.
-- Sempre subo aqui quando estamos em algum lugar bonito assim.
-- Gosta de belas paisagens, hm? -- Any perguntou sorrindo e se ajeitou sentada ao lado de Savannah, fitando a bela vista com os joelhos dobrados, mas ainda não soltava da mão branca.
-- Eu adoro. -- Savannah respondeu admirando o horizonte. Any olhou de soslaio para Savannah e sorriu discretamente.
-- Eu acho que eu também. -- A brisa suave da manhã esbarrava-lhes a pele trazendo sensação de conforto. -- Posso te fazer uma pergunta?
-- Claro.
-- Por que é sempre tão séria? -- Perguntou, virando sua cabeça para olhá-la. -- Notei que você tem um lindo sorriso, deveria usá-lo mais vezes.
-- Acho que esse é meu jeito. -- Savannah respondeu dando de ombros.
-- Sempre foi assim? -- Savannah riu fraco e negou com a cabeça.
-- Não. -- Respondeu em um longo suspiro. -- Acho que em algum ponto da minha vida eu me fechei. -- Any entrelaçou seus dedos com os de Savannah e lhe fitou em busca de aprovação. Savannah nada disse e por isso ela permaneceu assim.
-- Precisa de mais diversão em sua vida. -- Any disse e Savannah franziu o cenho.
-- Mas eu me divirto. -- Any riu e assentiu.
-- Ótimo saber disso. Está vendo aquele rio? -- Perguntou apontando para algum lugar do outro lado da rua. -- Poderíamos dar um mergulho, que tal?
-- Não sei...
-- Vamos lá... Você disse que se divertia. -- E, diante daquele par de cílios piscando em um pedido silencioso para que aceitasse, Savannah não conseguiu recusar.
-- Tudo bem. -- Disse bufando e Any sorriu, soltando do toque da mão de Savannah para bater palminhas de entusiasmo. Desceram do caminhão e atravessaram a rua correndo, tendo em vista que por ali não passava tantos carros aquela hora.
Any desceu a pequena ribanceira e tocou seus pés na água fria, encolhendo o corpo um pouco.
-- Mudou de ideia? -- Savannah perguntou rindo e Any se virou, franzindo os olhos e negando com a cabeça.
-- De jeito nenhum. -- Any disse, apertando suas mãos na beira do vestido e o retirando de seu corpo.
-- Hm, Any, o que está fazendo? -- Perguntou, acompanhando a peça ser lançada num canto qualquer. Se arrependeu daquela pergunta quando Any se virou para ela. Seus seios livres fizeram Savannah paralisar. A menor usava uma calcinha minúscula e sorria para Savannah.
-- Eu não pretendo molhar seu caminhão. -- Ela disse, retirando sua calcinha no momento seguinte e dando uma bela visão de seu traseiro para Savannah.
A garota não parecia estar maliciando o momento; parecia mais uma alma livre se divertindo.
-- Vem, Sav... -- Ela gritou, se jogando na água e dando um mergulho. Savannah olhou em volta e viu que ninguém lhes assistia.
-- Certo. É só um mergulho. -- Sussurrou para si mesma, retirando suas roupas e as colocando junto com a de Any.
Caminhou em direção às águas e viu Any voltando à superfície da água com um lindo sorriso nos lábios. Quando a mais nova viu que Savannah estava nua ela percorreu o olhar por aquelas voluptuosas curvas e suspirou.
-- Bem, parece que você não é tão medrosa assim e entrou mesmo, huh? -- Perguntou com um sorriso brincalhão em seus lábios.
-- Eu disse que me divertia. -- Savannah disse, satisfeita consigo mesma por ter entrado ali. Any riu baixinho e atirou água na garota, que franziu os olhos e se jogou na água. -- Se prepare para morrer afogada. -- Any gargalhou e começou a nadar para longe de Savannah, mas, ao parecer, os braços e pernas de Savannah eram mais compridos, ajudando ela a chegar em Any com facilidade.
-- Desculpe, desculpe. -- Any pediu fechando os olhos e rindo. Savannah gargalhou ao ver a expressão de Any e apenas deslizou o dedo indicador pela vértice do nariz da menor.
-- Quem é a medrosa agora, hm? -- Savannah perguntou rindo e enlaçou seus braços ao redor de Any assim que a garota tentou nadar para longe.
-- Tudo bem, é que você me dá medo quando faz aquela cara de brava. -- Any revelou e suspirou quando sentiu seu seio roçar no de Savannah.
Ela viu Savannah empalidecer com o ato e então Any se remexeu sutilmente de propósito, causando o atrito dos bicos enrijecidos novamente. Any mordeu seu lábio inferior e sentiu seu ventre se contrair, droga! Não era nem nove horas da manhã e já estava excitada novamente.
-- Que tal... -- Os olhos de Savannah desceram em direção às águas e enxergaram a figura distorcionada de seus seios se tocando. -- Uma corrida até a outra ponta? -- Savannah sugeriu, se afastando da menor. Any suspirou e assentiu ainda levemente atarentada.
-- Que vença a melhor! -- E no três começaram a nadar.
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Destino Incerto (Savany)
FanfictionSavannah Clarke uma caminhoneira; levava a sua vida na tranquilidade das estradas de todo o país. Aos seus vinte e sete anos não se via fazendo outra coisa senão dirigir, exatamente como seu pai a ensinara. A garota possui mais duas irmãs adotivas...