Oie!! Capítulo novo aqui!!
Esse capítulo pode ser um pouco triste, se você é sensível a assuntos como bebida, agressão psicológica ou física, pode ser um gatilho.
Votem e comentem ⭐
Boa leitura❤▱▱▱▱▱▱▱▱▱▱▱▱▱▱▱▱▱▱
Já estava tarde da noite. E é domingo, então amanhã tenho aula. Enfim... o final de semana foi o mesmo de sempre, mal sai de casa e fiquei no meu quarto estudando ou fazendo tarefas caseiras.Desde que minha mãe morreu, pensei que meu pai se tornaria uma figura paterna ainda maior para mim, mas infelizmente não foi assim que aconteceu. Eu tive que amadurecer muito rápido, crescer e entender coisas para as quais não estava preparada. Meu pai passou a me odiar, não tendo ninguém mais em casa, passei a fazer o trabalho de casa também.
Me fechei muito depois de meu pai passar a me tratar cada vez de uma forma pior. Se meu próprio pai, sangue do meu sangue, me tratava assim, por que alguém me trataria de outra maneira?
Apenas os Andrews ficaram do meu lado. Especialmente Prissy.
Não cheguei a ver meu pai esse final de semana ainda e espero não fazê-lo.
Desci as escadas para tomar um copo d'água, enquanto enchia o copo ouvi a porta ser aberta e passos se aproximando.
Comecei a respirar com dificuldade e tremer as mãos e pernas.
- Ainda está viva? - falou meu pai embolado com nojo, entrando na cozinha. Apenas abaixei a cabeça.
- ESTÁ SURDA?! MUDA?! RESPONDA! INSOLENTE - ele já se alterou.
- Não senhor. - falei baixinho.
-ESTÁ CIENTE QUE POR SUA CULPA PERDI TUDO?! QUE SÓ ME SOBROU VOCÊ?! UM PESO QUE CARREGO COMIGO?! - ele continuou gritando, segurei as lágrimas, elas só me fariam parecer fraca.
- SEU SER INÚTIL! COMEÇOU A ESTRAGAR VIDAS ASSIM QUE VEIO AO MUNDO! NÃO CONSEGUE NEM SE ARRUMAR CORRETAMENTE SEM PARECER UM SER DEFORMADO! TEM UMA VOZ AINDA MAIS IRRITANTE DO QUE SUA PERSONALIDADE! NÃO CONSEGUE FAZER NADA! SABE POR QUE?! PORQUE É INÚTIL! - ele gritou com mais raiva enquanto apertava a parte superior dos meus braços com força e me balançava rudemente.
Ele me deixou e eu me virei em direção as escadas quando senti duas mãos em minha garganta.
Ele apertava minha garganta com força enquanto eu lutava por ar. Meus olhos foram se arregalando, minha voz sumindo, o pouco ar se esvaindo, meu corpo estremeceu enquanto o aperto dele aumentou.
Coloquei minhas mãos em cima das dele tentando parar o sufoco mas não tinha força, a pouca que me restou estava lutando pela minha vida enquanto o nó na garganta aumentava assim como a pressão nela. Eu ofegava por ar, mas não adiantava.
Ele continuava me xingando e gritando, mas meus ouvidos nem funcionavam mais.
Ele me jogou de uma vez na parede me fazendo bater a cabeça e foi para o quarto dele.
Eu estava com muita dor no pescoço e a sensação dele me sufocando ainda não havia passado.
Me apoiei na parede e manquei até as escadas, que subi com dificuldade por conta da dor na cabeça e o aperto na garganta. Minha vida tinha passado diante dos meus olhos e aquilo era algo horrível, você tenta lutar mas não adianta, nada adianta.
Cheguei ao meu quarto tranquei minha porta e me permiti desabar em meu travesseiro. Eu tremia, meu coração ainda acelerado, suando frio, chorando alto, os soluços rasgavam meu peito enquanto eram abafados por um travesseiro
Não tinha ninguém que me entendesse. Era algo vergonhoso, eu era fraca, minhas lágrimas na mesma almofada a mais de 5 anos provavam isso. Tinha medo de que descobrissem que meu pai era assim, era algo horrível e realmente causava vergonha e apreensão.
Foram poucas as vezes que ele me bateu. Mas eram incontáveis os gritos, xingamentos... e quase inapagável a dor e cicatrizes que isso me trouxe.
Depois de meia hora chorando, eu acho. Me olhei no espelho e me desesperei ainda mais. As mãos que há pouco me sufocavam, tinham deixado uma marca escura que demoraria dias para sair.
Toquei meu pescoço incontrolavelmente na esperança que sumisse.
Para minha sorte está nevando lá fora, o que significa que posso cobrir com um cachecol. Bom, eu espero que eu possa o fazer.
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670 palavras.Ei! Como vão??
Agora os capítulos vão começar a retratar um pouco mais da vida de Tanny. Aquilo né, pouca idade mas já passou por muita coisa.
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Até depois
Obrigada por ler 🌹
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Um contra um || Billy Andrews
FanfictionTanny é uma garota de 14 anos vivendo em Avonlea. Ela é uma garota revoltada e gentil ao mesmo tempo. Neta de Rachel Lynde e uma grande amiga de Prissy Andrews. É da classe alta de Avonlea com um pai rico e uma mãe falecida... feridas guardadas e mi...