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Por amor, ela quebrará as regras.
Aisling tinha apenas oito anos quando sua mãe foi peregrinar. Quinze quando seu pai entrou num perigoso jogo de t...
Confesso que revelei aos meus familiares o mínimo necessário para que entendessem os motivos para a minha saída da prisão e que, por não ser algo oficial, a minha presença deve continuar em segredo. Ambos compreenderam e não me questionaram, apesar da vontade deles não me passar despercebida.
— Eu não abandonei a escola — conta Brizo, enquanto nós estamos à mesa jantando pão com manteiga, tarde da noite, depois que a emoção do reencontro diminuiu. — Você e o professor Redmond estavam certos.
— E me desculpe, meu amor — papai fala para mim. — Eu não acreditei em você sobre a índole daquele mal caráter. Ele disse absurdos, quando veio aqui, querendo me obrigar a assinar os papéis do casamento.
— Onde foi que arranjaram a manteiga? — pergunto, enquanto tiro a meleca amarelada do canto da minha boca. Não vejo razão para se desculparem. Estou tão leve que não sinto nenhuma raiva, apesar de que eu tenho considerações. — Brizo, em palavras curtas e grosseiras: você quase nos matou e é um desmiolado. — Até penso em mencionar Feal, mas não acho que isso será saudável. — Não precisa seguir exatamente o que eu digo, só pense mais antes de agir. Use o senso comum, menos heroísmo. Peça mais conselhos para mim, ao pai, ao Redmond, até a Leanan deve saber uma coisa ou outra.
— Sabe que Leanan só vai me dar dicas de como assassinar o marido e como dar um golpe na herança... — Brizo é interrompido pelo pai com um tapa na nuca, que claramente está o fuzilando, querendo dizer "essa não foi a educação que eu te dei".
— Sobre a manteiga — inicia meu pai, após pigarrear e procurar por algo nos seus bolsos. De repente, chovem monas de prata das suas mãos, com todas caindo na área livre da mesa. — Apareceram quinhentas monas no sofá de casa e eu não fazia ideia de como foram parar ali, então fui fazer compras no mercadinho.
O quê?
— Quinhentas — saliento, deixando o pão cair da minha mão.
— Quinhentas — os dois repetem.
Uma pessoa anônima contratou os seus serviços. Te pagará bem. As únicas condições são que você venha trabalhar na residência e mantenha o bico fechado.
Quinhentas monas por um dia de trabalho.
Agora entendo porque Balor disse que minha família não pode enriquecer socialmente. Além de ser para não levantar suspeitas, trata-se de dinheiro para sustentar o resto de nossas vidas na miséria, sem que eu precise voltar a trabalhar depois que finalizar o arco e as flechas. Não haverá mais necessidade de eu forjar, e não posso dizer que estou descontente com isso. Meus braços agradecem, de tantas fibras que já rompi.
De maneira estranha, hoje é o melhor dia da minha vida.
— Eu amo vocês — a fala sai sem querer da minha boca, e não me arrependo.
Papai e Brizo sorriem para mim.
— Também te amamos, maninha — completa Brizo, levantando um copo de plástico para brindarmos.
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