Episódio 12 - A Pasta Verde

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Uma semana depois.

Ela não queria ir na mansão, mas Yaman disse que não poderia buscar Yusuf. Ela achou esquisito e pensou consigo que só devia ser algum plano dele. Então, Seher fez o que achou certo. Deixaria o menino na porta da casa e iria embora. Sem dar a ele nem a chance de conversar com ela.

Depois do que aconteceu naquela noite era melhor manter distância.

— Tia, a senhora não vai entrar comigo? – Ele perguntou. Seher não soube o que dizer. Como explicar ao menino a relação do tio e dela? Já tinha feito isso quando se divorciaram. Não queria que ele pensasse mal do tio de nenhuma maneira. Mas era difícil para a mente dele compreender como e porquê se deu essa separação. As vezes nem ela entendia como conseguiu.

— Eu tenho umas coisas que resolver agora. – Ele abaixou a cabeça entristecido. A separação abalou-o de uma maneira que partia o coração de Seher. Mas foi o certo a fazer, era para o bem de todos. Um dia o garoto entenderia.

— Seher hanim. – Cenger abi apareceu, logo depois dele Adalet e Neslihan.

— Meu Deus, minha querida Seher, como eu senti a sua falta. – Adalet a abraçou apertado. Neslihan logo tomou seu turno e a abraçou também.

— Que saudades de você, Seher.

— Obrigada, eu estou muito feliz de vê-los também. Como têm estado? – Ela sentia falta de seus companheiros de mansão. Amava a cada um deles e vê-los bem alegrava o coração de Seher. Eles também não entendiam porque aconteceu o divórcio.

Neslihan, dos três, era sempre quem perguntava o motivo. Seher nunca lhe contou. Mas a jovem sempre monologava por horas a fio no telefone sobre como se sentia triste de ver o que tinha acontecido. Seher podia ter cortado essas conversas, mas Neslihan sempre falava sobre Yaman nelas.

Foi através de Neslihan que Seher soube do sofrimento dele. Da noite em que ele chegou embriagado. Tinha sido dois dias depois do divórcio. Cenger abi o ajudou a subir as escadas e ficou com ele a noite inteira, porque ele havia passado mal. Yaman não era homem de beber e quando o fez, tinha ido além da conta.

Dentre tantos relatos sobre como estava a mansão e principalmente Yaman. Neslihan também narrou um evento que a desconcertava e deixou Seher curiosa. Zuhal voltou para a mansão. Voltou e foi recebida por Yaman de braços abertos, segundo Neslihan.

Ela contou que Zuhal desde que havia chegado não saia dos pés de Yaman. Eles andavam para todos os lugares. Uma vez até chegaram juntos no mesmo carro. Seher não queria se incomodar com isso, mas não conseguia. Só de imaginar Zuhal perto de Yaman as mãos queimavam.

Seher sabia do interesse da irmã de Ikbal. Agora que Yaman está livre é obvio que irá tentar novamente. E tudo bem, não é mesmo? Ele não é mais nada para ela. Seher foi à mansão pensando em todos esses assuntos. Com medo de seus próprios sentimentos, achou por bem ficar longe dali.

— Seher, entre deixe-me oferecer um café. – Adalet convidou, mas Seher não podia.

— É melhor não. Talvez não seja bom, o Yaman...

— Ele não se importará. – Cenger garantiu. Seher não teve como dizer não.

— Então, está bem.

— Que legal! – Yusuf comemorou e correu para os braços de Cenger abi. – Tio, vamos ver meus brinquedos. Estou com saudades deles.

— Sim, vamos, pequeno mestre.

***

Seher queria tomar café na cozinha, mas Adalet insistiu que fosse na sala. Seher ficou lá e logo Ikbal e Zyia se juntaram a ela. O irmão de Yaman foi muito gentil e de tão feliz disse que traria para ela uma flor do jardim. Uma flor que ele disse que era muito especial. Zyia, então, saiu pela porta lateral e Ikbal que tinha uma xícara de café na mão, disse:

Sonsuz - Infinito ¦ ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora