Yaman queria invadir a propriedade de Samir Abdullah confiando em sua arma e suas habilidades. Mas eu expliquei a ele que Yaman não era o Rambo e a chance dele morrer tentando passar da soleira da porta era muito grande. Eu não ia deixa-lo morrer assim.
Ele me ouviu? Não. Insistiu em seus planos ao lado de Berat, que compartilhava do mesmo pensamento idiota. Eu tive que procurar um jeito de resolver o impasse.
Eu não era mais a líder da Karga, não podia me valer de minha autoridade para contê-lo em suas investidas. Nem em seus planos mirabolantes. Eu tinha que persuadi-lo de outra forma.
— Eu já conversei com Berat. Ele vai pela esquerda e eu pela direita. – Eu o vi enfiar as facas nos cintos que ele amarrou na cintura. As pistolas todas carregadas, se encaixariam nos coldres. Yaman mais parecia um soldado do que um ex-mafioso.
A ideia que se tem dos bandidos figurões é que eles sempre usam terno e gravata. Bom, meu Yaman de alguns anos atrás era mais sofisticado e não saia de seu terno para nada. É claro que ele tinha capangas e estava num ranking elevado na Organização.
Agora estávamos por nós mesmos e pelas armas que ele tinha adquirido, sabe-se Deus como. Eu tinha a minha, era um pistola comum com o qual eu já havia me acostumado. Porém, me custava um pouco voltar a empunhá-la. Ainda me causava arrepios, mas eu teria de alguma forma que aceitar.
A oportunidade fatídica de usá-la estava se aproximando.
— Yaman eu ainda acho precipitado.
— Querida, acredite em mim. – Ele se aproximou e segurou meu rosto com carinho. – Eu sei o que estou fazendo.
Ele enfiou a última arma no coldre. Me olhou com um sorriso confiante e foi em direção a porta. Mas eu gritei para que ele parasse!
— Yaman! – Ele me olhou.
— Não vá! Estou com um mal pressentimento. Talvez fosse melhor esperar um pouco.
— Esperar o que? Que ele acabe nos matando? Temos que pegá-lo primeiro.
— Eu sei, mas para isso, você não acha que é melhor nos prepararmos. Não podemos ir sem planejamento. Sem saber como entrar e como sair.
— Mas quem disse que eu não sei isso? – Ele rebateu.
— Então, me diga como você vai sair de lá se der algo errado?
— Pela porta. – Ele disse como se fosse obvio.
—Yaman, você não vai nessa missão. – Eu peguei a arma dele. – Eu o proíbo.
— Você não é a minha líder mais. Você não tem mais esse poder, minha cara. – Ele pegou de volta a pistola.
— Mas sou sua esposa e eu não quero que vá! – Eu fechei a porta do quarto com a chave. Me sentei na cama e esperei ele espernear.
— Você vai realmente agir como uma criança?
— Estou agindo como sua mulher. Uma mulher que sabe que o marido está sendo precipitado.
— Eu não acredito que estamos discutindo uma coisa dessas. Você não falou nada o dia inteiro, por que agora você está fazendo tanta confusão?
— Porque eu achei que você realmente não iria.
— Mas eu disse que faria isso hoje. Eu falei, eu me preparei.
— Um dia não é o suficiente e Berat não irá com você. – Eu avisei.
— Como que ele não vai? É claro que... – Ouvimos uma coisa quebrar na sala. – O que foi isso?
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Sonsuz - Infinito ¦ Concluída
القصة القصيرةO que aconteceria se o dossiê jamais tivesse aparecido na lua de mel de Seher e Yaman? Essa histórias seriada que irá explorar a vida doméstica desse casal. Mas nem tudo será tão simples para eles, um casal que ainda precisa descobrir o que sentem...