Episódio 26 - A árvore de Bonsai

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Havia um príncipe muito famoso. Conhecido por seus grandes, quase imensuráveis feitos. Era bonito, inteligente e querido por seus súditos. O que ninguém sabia, porém, é que o tal príncipe escondia um enorme segredo, que se revelado iria abalar as estruturas de todo o reino.

Ele não era o verdadeiro filho do rei. Era o sobrinho do rei. Filho de seu irmão que foi morto em uma grande batalha. A cerimônia de coroação seria em uma semana e o conselheiro real, cujo coração estava em trevas e repleto de inveja. Queria uma oportunidade para tirar o rei de seu trono.

— Meu Deus, Yusuf! Você escreveu isso? – O garoto orgulhoso saltitou de felicidade.

— Sim, tia!

— Sozinho? – Yaman pegou o caderno do garoto confuso. – Como?

— Yaman... – Seher percebeu que o tom do tio tinha soado como se o menino não fosse tão capaz. Ele se concertou.

— Quer dizer, na verdade, está muito bem escrito. Parabéns, Ates Pasarci. – O menino sorriu. – Estou muito orgulhoso de você.

— Querido, você tem que continuar a história. Eu quero saber o que vai acontecer. – Seher o incentivou acariciando seu queixo.

— Eu vou escrever agora tia. Vocês vão amar o fim da histórina. – O menino pegou o caderninho e subiu as escadas correndo.

— Suba com cuidado, Yusuf! – Yaman que estava sentado ao lado de Seher no sofá, se levantou pensativo.

— Quando ele aprendeu a escrever tão bem? – Seher estava com as pernas muito bem acomodadas no sofá, coberta com uma manta e rodeada de almofadas. Yaman não tinha percebido o quanto seu sobrinho havia crescido. Ele estava mais alto, mais um garoto que uma criança.

Quando isso tinha acontecido? Na verdade, Yaman contemplou as semanas passando, a barriga de Seher crescendo, mas apenas hoje se deu conta de que realmente passou. Sentiu-se estranho como se não tivesse aproveitado muito.

— Amor, a professora disse que Yusuf pode ser uma daquelas crianças brilhantes. Ela disse que eles fizeram alguns testes e descobriram que a inteligência dele é acima da média. – Seher descobriu há alguns dias e estava radiante. Ela sempre soube que o sobrinho era uma criança incrível.

— Isso é algo bom, não é? – Ele se sentou novamente.

— Claro que sim. – Seher suspirou longamente. O bebê tinha se mexido.

— Ele mexeu? – Yaman puxou a manta e colocou a mão sobre a grande barriga de Seher. E sentiu a ondulação em sua palma. – Ual! Ele chutou forte!

— Sim... – Seher suspirou longamente. – Ele está muito agitado esses dias e têm me incomodado muito. O doutor disse que é normal.

— Você podia ficar mais tempo parada e descansado também, não acha? – Seher revirou os olhos. Ela começou a ser muito mais ativa nas coisas de casa do que antes.

Mandou reformar o jardim e supervisionou a decoração do quarto do bebê. Eles chamaram uma decoradora profissional para isso. A mulher arrumou o quarto do jeito como Seher queria. Todo o enfeite era temático de marinheiro. Eles tinham até um Popeye de pelúcia.

O tempo que Seher poderia usar para descansar, ela estava ocupada fazendo uma ou outra coisa relacionada ao bebê. À Yusuf ou à Ong. Quando os enjoos matinais passaram, ela se tornou uma máquina. Tinha uma energia surreal. Não que Yaman estivesse reclamando. A energia de Seher se estendia até à parte amorosa.

Sonsuz - Infinito ¦ ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora