— Olá, Krumlar Bey. Eu sou Seher Kirimli. Quer dizer, Kerimoglu. Aff! Desisto! Eu não vou conseguir. Eu não sei, eu não vou. – Seher mirou a tela do celular e Bates, Sila e Ayse abla responderam cada um à sua vez.
— Senhora não se preocupe. Está perfeita. – Disse Sila.
— Sim, uma verdadeira Diva. – Afirmou Bates.
— Esse vestido ficou ótimo. Acredite vai dar tudo certo! – Ayse Abla parabenizou-a pelo look.
— Vocês são muito gentis, mas eu realmente me sinto nervosa.
— Não precisa, lembre-se de que é a senhora. A dona. A única mulher mais poderosa da Turquia. – Bates pontuou. A porta se abriu atrás de Seher. Era Akin.
— Está pronta senhora? – Seher acenou com a cabeça.
— Como está Ysuf? Já dormiu?
— Sim, senhora. Aqui já é de madrugada, minha senhora. – Sila explicou.
— Ah, então, não irei mais incomodá-los. Boa noite! Torçam por mim.
— Estarei rezando, senhora. – Ayse abla acenou.
Seher usava um vestido verde cor de folha cuja parte de cima era do colo aos ombros com transparência. Havia um cinto que ajustava-se a cintura e a barra não deixava que fosse possível ver os saltos que usava. Para andar Seher tinha que levantar a barra do vestido.
Ela usava uma maquiagem singela, mas seus olhos verdes se destacavam por conta do delineador. Seus cabelos estavam presos no alto da sua cabeça e duas mechas largas caiam em cada lado de sua bochecha. A transparência do vestido permitia ver sua tatuagem logo abaixo da clavícula.
Em cima da mesa estava sua máscara também verde. Tinha em um dos lados penas artificiais pretas. E pedras brilhantes bordavam as pontas da máscara. Nada daquilo foi escolhido por ela. Bates e Sila fizeram a compra online. Entregaram muito rápido e ela se sentia muito feliz com essa escolha.
A única coisa que faltava e ela não conseguiu complementar no look era o colar. Seher amava aquele que deu a Yaman, mas ele não falou sobre o objeto. Certamente se perdeu no mar. Por isso, ela não conseguia usar mais nenhum colar. Sentia que não podia usar outro, portanto o colo ficou nu.
— Senhora. – Seher saiu de frente do espelho e mirou seu braço direito. – Estarão todos a postos. Não se preocupe.
— Eu sei que posso confiar em vocês.
— Senhora, não quer mesmo que eu a acompanhe?
— Será melhor assim. – Ele pareceu relutante.
— Não é que não confie em Cem Abi, é que eu acredito que talvez, a senhora vá precisar...
— Akin abi, repassamos todo o plano. Eu tenho certeza que dará certo. – Ela falou para que ele se acalmasse, mas ela se sentia nervosa. Só ela sabia o quanto. Tinha que ter todo cuidado do mundo, por si e pelo seu bebê.
Do hotel até o castelo foram menos de meia hora. Seher passou pela entrada de braço dado com Cem. Ela deu o convite e passou pela porta sem nem sequer ser revistada. Na verdade, os homens a olharam com muito respeito. Cem achou até esquisito:
— Seher, você viu? Eles só faltaram se dobrar perante você.
— Eu sei.
— Isso é incomum.
— Eu sei. – Seher respondeu. Ela sabia porque estava sendo tratada assim.
Seher nunca esteve num castelo. Muito menos Búlgaro. A entrada era enorme. As paredes eram de pedra. Ali dentro fazia um pouco de frio, mas havia uma grande lareia no lado direito e ao passar na frente dela sentiu o calor refrescante. Não passava das oito, mas o salão estava já apinhado de gente.
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Sonsuz - Infinito ¦ Concluída
Historia CortaO que aconteceria se o dossiê jamais tivesse aparecido na lua de mel de Seher e Yaman? Essa histórias seriada que irá explorar a vida doméstica desse casal. Mas nem tudo será tão simples para eles, um casal que ainda precisa descobrir o que sentem...