Episódio 22 - Regra de Exceção

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Seher acordou cedo porque se sentiu muito mal.

Amanheceu com enjoos e fraqueza. Yaman, claro, não saiu do pé da cama de sua amada. Preparou um chá bem quentinho e ofereceu alguns biscoitos. Seher comeu, mas não conseguiu se levantar da cama ainda se sentia muito mal.

— Não é melhor irmos na emergência. Você continua pálida.

— Isso vai passar, amor.

— Mas se não passar até as 18h. Eu te levo no hospital. – Seher acalmou-o.

— Amor, eu estou bem. Eu só preciso descansar e não ser incomodada. Será que posso ficar sozinha um pouco?

— Hayer! Você pode precisar de algo. – Ele insistiu cuidadoso.

— Yaman, lutfen. – Ela pediu, mas com seus olhos furiosos. Yaman entendeu a mensagem e saiu.

Assim que a porta se fechou. Seher ergueu-se na cama e se sentou, mesmo ainda se sentindo enjoada e cansada. Ela pegou o celular e fez a ligação para Akin. Ele tinha mandado uma mensagem mais cedo que preocupou-a, mas como não podia falar porque estava tendo crises de vômito e porque Yaman estava com ela.

Agora que estava só, poderia falar tranquilamente.

— Akin, merhaba. Que história é essa de espião?

— Sim, vimos uma pessoa estranha nas redondezas da casa da senhora. Trajava preto da cabeça aos pés. O rosto estava oculto num boné também preto.

— Pode ser algum homem atrás do rapaz que protegemos ontem a noite.

— Não sei, senhora. Os homens que pegamos ontem foram interrogados por nós e depois de algum tempo nos falaram que estavam apenas eles na cidade. Tinham a missão de pegar a criança assim que nascesse. Eles estavam seguindo o rapaz a algum tempo já. Não eram eles. Era outra pessoa.

— Vocês foram atrás desse espião?

— Sim, mas o perdemos. Ele era rápido e sabia parkour.

— Como é? – Seher ficou espantada.

— Senhora, eu nunca vi algo assim na minha vida. Esse homem alto e magro subiu numa mureta, alcançou um telhado e foi pulando de telhado em telhado. Nunca vi algo assim. Nenhum dos meus homens sabe isso e não conheço ninguém da Organização que saiba. – Seher ficou duplamente preocupada.

— Prepare todas as coisas. Vamos sair desse lugar ao cair da noite.

— Como a senhora deseja.

***

O avião fretado por eles chegaria em Istambul após algumas horas. Seher ainda se espantava com a facilidade que o dinheiro dava as pessoas. Ela solicitou e em questão de três horas tudo estava pronto.

Yaman concordou de imediato com a ideia de voltarem para Istambul, mas não gostou muito de trazer consigo Deniz, Natalya e Baris. Sim, eles tinham feito uma promessa de sangue, mas ele ainda era o filho de Aksak. Portanto, não era bom tê-lo por perto. Yaman era um homem desconfiado. Não sabia porquê, mas sentia que isso não era boa empreitada.

— Assim que chegarmos em Istambul, vamos ao médico. Tamam? – Yaman concordou. Seher queria falar do bebê, a fim de tirar do rosto de Yaman aquela expressão de desgosto. – Eu me pergunto se é menino ou menina. Nadire Anne disse que quando ela ficou grávida de Firat ela enjoou muito. Ela disse que quando é menino sempre acontece isso. – Yaman sorriu e colocou a mão na barriga dela. – O nosso pequeno Kirimli está dando trabalho, querido. Por que isso não me surpreende?

Sonsuz - Infinito ¦ ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora