Episódio 27 - O Herdeiro da Ametista

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A primeira regra do submundo é: mate antes que tentem fazer isso com você. Seher pagou muito caro por dar a Volkan um voto de confiança. Agora sua casa estava sendo tomada de assalto e seu marido, seus homens de confiança estavam correndo risco de vida.

— MEU DEUS! MEU DEUS! MEU DEUS! – Bates andava de um lado para o outro dentro do quarto do Pânico.

— Calma, Bates! – Ayse abla tentou acalmá-lo.

— Nós vamos morrer! Nós vamos morrer! – Seher abraçou Yusuf e tentou tapar os ouvidos dele, para não ouvir o desespero. – Ayse, eles vão entrar aqui! Eu sei! Eram muitos tiros. Tiros para todos os lados. Será que eu fui atingido?

— Bates se acalme! A senhora acabou de ligar pedindo reforços. Vai dar tudo certo! Bates! – Ayse deu um tapa no rosto dele. Bates depois do tapa se calou, parece que foi um santo remédio. – Muito bem. Fique tranquilo! Agora se sente aqui e fique quieto. Sila, não deixe ele sozinho.

Sila se abraçou a Bates trêmula e assustada. A única que parecia mais calma era a senhora idosa. Não era a primeira vez que a mansão tinha sido atacada.

— Ayse abla, monitore as câmeras, por favor! – Havia um painel implantado numa das paredes do quarto, assim que a pessoa entra e tranca a porta. Ele é ligado automaticamente mostrando todas as câmeras da mansão.

— Sim, senhora.

— Tia, o que realmente está acontecendo? – Yusuf perguntou olhando para Seher. Como iria explicar ao menino?

— Tem homens maus lá fora. Eles querem nos machucar. Mas isso não vai acontecer, tamam?

— E se eles machucarem o titio? Ele ficou para trás. – Seher engoliu em seco.

— Não vão! – Seher abraçou Yusuf. – Não vão porque seu tio é um gigante! Um homem forte e habilidoso. Lembra das nossas histórias, meu amor? Então, não se preocupe. Seu tio vai ficar bem.

— Tia, eu já sou grande. Eu sei o que está acontecendo aqui. – Seher sentiu um frio gelar sua espinha. – Eu sei o que a senhora e o titio são.

— Como assim, querido? – Ele abaixou a cabeça.

— Eu sei que vocês são muito ricos e que as pessoas querem o dinheiro de vocês. – Seher soltou o ar e sentiu o sangue voltar a correr em suas veias.

— Sim, querido. Querem nos roubar, mas não vão conseguir. Não vão, porque seu tio não vai deixar. Não se preocupe.

— Ser rico não é bom, não é tia? – Seher olhou-o nos olhos e soube que ele realmente sabia o que Seher e Yaman fazia, mas de alguma maneira optou usar outra palavra ao invés daquela, que nem mesmo ela gostava de pronunciar. Seu menino era muito esperto e estava ficando mais difícil esconder o mundo malvado e cruel dos olhos dele.

— Ser rico não é bom, mas por enquanto é o que nós somos. Um dia, porém, tudo isso vai mudar, ouviu? Um dia não seremos mais ricos.

— Você promete?

— Evet. – Seher jurou de todo o seu coração.

— Senhora, eles chegaram! – Seher agradeceu a Deus. Ayse abla suspirou aliviada fazendo o mesmo. – Eu nunca vi nos meus anos trabalhando nessa mansão uma invasão como essa.

— Do que está falando? – Seher questionou-a.

— A madame Feride transformou essa casa numa fortaleza. Não tem como invadir desse jeito. Não tem como! – Ela se sentou em cima de um amontoado de panos. – A senhora mais do que ninguém conhece o esquema de segurança da mansão. Foi uma das primeiras coisas que o Akin mostrou à senhora. Tem como alguém entrar aqui dessa maneira sem que a segurança seja alertada antes?

Sonsuz - Infinito ¦ ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora