Episódio 38 - O Pirata

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— Calma, não precisa ficarem nervosos! – Julie tentou acalmar os ânimos. – Estamos aqui para nos divertir e nada é obrigado.

— Verdade, se não quiserem participar. Podem apenas olhar... e quem sabe, depois se mudarem de opinião...

— A gente prefere... – Yaman colocou a mão atrás das costas e Seher deduziu que ele ia sacar a arma.

— Vamos nos sentar, amor. Eles disseram que não precisamos participar se não quisermos... – Seher passou a mão pelas costas do marido e segurou a arma.

— Tem certeza?

— Absoluta. – Ela garantiu.

Seher e Yaman caminharam juntos. Se sentaram num dos sofás, no canto do salão, bem longe da algazarra. Julie e Claude conversaram com o casal Ali e Ceylin. Eles estavam furiosos com a recusa. Para eles não tinha sentido que Yaman e Seher se recusasse sendo que todo mundo sabia o que era essa terapia quando assinou.

— Calma, eles vão entrar na brincadeira. Não se preocupe.

— Você acha mesmo? – Ali se perguntou observando Seher. Desde o começo se interessou dela. Ficaria muito frustrado se não pudesse trocar uns beijos e amassos com essa linda mulher.

— Sim, é impossível que eles não sintam vontade, ao ver todo mundo se pegando. – Claude afirmou.

Ali e Ceylin foram encorajados a ir até Seher e Yaman que estavam cochichando entre si. A ideia era que eles deixassem os dois no mood do ambiente. Eles levaram drinks para a mesa. Eles, porém, não quiseram beber.

— Qual é? Vocês são tão jovens, como podem se recusar a viver a vida como se não houvesse amanhã? – Ceylin sentou-se no colo do marido.

— Temos uma família. – Seher respondeu.

— Nós também temos. Um menino. – Ali respondeu. – Mas você sabe, as vezes um casal deve explorar outras coisas. Mais agradáveis e divertidas. A monotonia mata qualquer tipo de amor.

Ali desceu o rosto pelos seios da esposa e Yaman revirou os olhos. Eles iam fazer essas coisas diante dos dois sem nenhum pudor, mesmo? Seher fez menção de pegar a bebida. Ela não ia suportar essa situação a seco. Yaman não a deixou pegar e disse no ouvido da esposa, "Tem droga nessa bebida".

Seher olhou para o fundo do copo e viu algo borbulhar lá dentro. Já tinha experimentado uma dose extra de droga na mansão de Krumlar. Não ia passar por isso de novo.

— Vamos sair daqui, então.

— A gente iria, mas você disse para ficarmos.

— Eu não pensei que as coisas seriam assim. – Ela não conseguia nem sequer olhar para o salão, tinha um casal fazendo sexo em cima de uma mesa.

— Se quiser saímos daqui em dois segundos. – Ele olhou-a sério. – Você sabe do que estou falando.

— Não. O seu jeito de resolver as coisas é muito violento. Vamos sair sem necessidade disso. – Ele não tinha tanta certeza e se Seher demorasse mais dez minutos nessa atitude pacificadora. Ele ia tirar ela de dentro desse salão à força.

— Ei, realmente não querem se divertir conosco? – Ali perguntou enquanto passava a mão pela perna da esposa. – Podemos trocar ideias e experiencias. Como vocês são na hora do h?

Seher e Yaman se entreolharam.

— Eu consigo imaginar, como deve ser seu marido, Seher. – Ceylin saiu de cima do colo do esposo e se sentou ao lado de Yaman. Ali fez a mesma coisa e se sentou ao lado de Seher.

Sonsuz - Infinito ¦ ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora