****** Antepenúltimo episódio! ******
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Quando a dor é muito forte para suportá-la são, é necessário enlouquecer um pouco para lidar com ela. Yaman seguiu essa lógica absurda e pelas três semanas seguintes não conheceu um dia longe do álcool. Ele não era chegado a bebida. Ele não tomava nada alcoólico se não em eventos.
Ele odiava o gosto amargo das bebidas, o cheiro enjoado delas porque lembrava o cheiro de sua mãe alcoólatra e traíra. Porém, pareceu que apenas o álcool conseguia entorpece-lo o suficiente. Ele sentava-se na varanda da mansão Kirimli de frente para as plantas de seu irmão Ziya e bebia. Seher nada pôde fazer nos primeiros dias porque ficou no hospital e também porque a protegiam de fazer qualquer esforço.
Todos sabiam que Seher queria fazer algo por Yaman, mas ela tinha que se cuidar primeiro. O parto foi bem-sucedido, a criança forte como um touro, mas Seher tinha perdido muito sangue e demorou alguns dias para recuperar-se de todo. A saúde dela naquele momento era mais importante, mesmo que ela sentisse uma necessidade absurda de estar com o marido.
Foi numa manhã particularmente fria que Seher arrumou-se e saiu do quarto. Já se sentia boa o suficiente para finalmente ir onde o esposo estava. Mal trocaram algumas palavras nos últimos dias. Ele não dormiu no quarto com ela nessas três semanas. Ficou no de hospedes.
Não foi preciso explicar nada. Ela sabia que ele queria ficar só. No corredor encontrou-se com Sila e pediu a ela que ficasse de olho no neném. Se mudaram para mansão Kirimli logo após a terrível notícia. Não só por conta da morte de Ziya e Ikbal, mas porque a mansão de Seher foi fechada pela polícia.
Berat conseguiu encobrir tudo, mas deixou que o caso da "tentativa de assalto" à mansão fosse a público e estivesse sob a investigação policial. Era estratégia para que quem havia se metido a tramar tal tentativa de assassinato, soubesse que eles estavam na cola deles.
Seher levou todos com ela. Seus homens e funcionários da mansão. Eles se deram muito bem a princípio, Adalet e Ayse abla se dividiram nas funções da casa, Sila e Neslihan se tornaram amigas, mas as desavenças entre Bates e Cenger eram praticamente impossíveis de resolver.
Bom, mas nada disso chegava aos olhos dos patrões. Mas ambos tinham receio de que a mansão não precisasse de mais um mordomo. Temiam que um deles fosse dispensado, então travaram um rixa silenciosa, educada e não violenta.
— Onde a Sra. Seher está indo? – Cenger perguntou já caminhando em direção ao pátio. Bates segurou-o.
— O sr. não se meta! Já não acha que foi muito intrometido em dizer à senhora para não ir atrás de seu marido todos esses dias? – Cenger bufou. – Veja em que estado está o pobre homem. Bebe há dias e nada disso pudemos dizer a senhora porque Cenger bey não deixou. Acha isso justo?
— Eu conheço o sr. Yaman ele irá acabar falando algo que vai entristecer a senhora. Temos que dar um tempo para os dois. Vou chamá-la.
— Vai, só se for por cima do meu cadáver! – Bates se colocou na frente do caminho de Cenger.
E enquanto os dois discutiam sobre se tinham ou não que interferir. Seher se aproximou do marido que estava estirado numa cadeira estofada. Seu cabelo bagunçado, seu rosto pálido e a mão segurando uma garrafa vazia de conhaque. Ele não estava nada bem.
Ele cheirava à vomito e o chão comprovava que não fazia muito tempo desse mal estar. Ainda assim, mesmo vendo-o numa situação deplorável. Seher se colocou diante dele, tentando não chorar, mas ser firme. Ele precisava ver em seus olhos a confiança que precisava para se reerguer.
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Sonsuz - Infinito ¦ Concluída
Historia CortaO que aconteceria se o dossiê jamais tivesse aparecido na lua de mel de Seher e Yaman? Essa histórias seriada que irá explorar a vida doméstica desse casal. Mas nem tudo será tão simples para eles, um casal que ainda precisa descobrir o que sentem...