K A D E N
PRATT...*...
QUATRO MESES ATRÁS
— oi maninho. – Ryle cumprimenta sorridente, quando se lança ao meu lado no sofá. – ela já está dormindo ?
— está querendo saber quanto tempo de vida ainda te resta ? – pergunto, o fazendo franzir o nariz em uma careta. Meus lábios se repuxam em um sorriso. – já faz uns quarenta minutos que ela subiu. Acho que dormiu.
— isso significa que tenho até amanhã para arrumar uma boa explicação. – suspira de alívio, ou finge. Sei que ele nem sequer está preocupado com a reação da nossa mãe diante de mais uma travessura. Ryle já aprontou tanto que não tem mais punição inusitada, nem mesmo para a mente maquiavélica de Clarissa.
Faz, mais ou menos, três horas que ele ligou do campus para contar sobre sua nova aventura, que resultou em sua suspensão de todas as atividades da universidade por uma semana, e pedir ajuda para entrar em casa sem ser notado por nossa mãe. Ela provavelmente vai surtar quando souber o motivo da suspensão e fazer aquele velho discurso de ter atirado pedra na cruz para ter filhos tão pervertidos. Porque, não importa quem aprontou, seus dramas sempre serão no plural. Duas pestes enviadas das trevas. Dois pervertidos de uma figa. Duas criaturas. Dois sem vergonha.
Acho que não importa quantos anos tivermos e quantas vezes um apronte mais que o outro, ela sempre irá direcionar seus discursos aos dois. Talvez nós a tenhamos ensinado a fazer isso, quando a lealdade passou a ser nosso ponto forte. Mamãe tem dúvidas ? Então ninguém assume a culpa e ninguém é punido. Okay, nem sempre isso funciona. Como quando ela descobriu que um de nós dois estava brincando com a empregada bonitinha. Achei que iria me safar, como muitas outras vezes que fiz merda. Mas, ela foi mais esperta. Acabei passando um verão, torturante, trabalhando com meu pai.
— o que você está fazendo ? – expia a tela do notebook, que está posicionado em meu colo.
— decidindo quais universidades vou me inscrever. – revelo, encarando a lista que fiz há alguns dias.
— Penn State! – Ryle diz sem rodeios. – essa não pode ficar de fora.
Assinto.
— também pensei na EBU
— nem fodendo. – é rápido em dizer. – caçulinha, eu te amo e ficaria muito feliz de ter você lá comigo, mas aquela universidade não tem nem metade do que você precisa. Penn State sim. – vira o notebook para si e apaga Eagles Butters University da lista. – lá é pequeno demais para alguém com seu talento.
— você sabe que posso me inscrever nas duas, né ? Sem contar que preciso me inscrever em universidades reservas, caso a Penn State chute minha bunda. – murmuro. Ryle me olha por alguns segundos, parecendo pesar os prós e os contras de me dar um soco.
— primeiro, seu idiota, eles não vão chutar sua bunda. Segundo, seu plano B não precisa ser ruim. Ainda temos UCLA, USC, UM e outras milhares de universidades que saberiam usar o seu talento.
— essas são ainda mais difíceis de ser aceito. Já viu quantos jogadores bons estão tentando entrar naqueles times ? Eu seria burro se não me inscrevesse em universidades menos reconhecidas. – digo, o fazendo bufar uma risada. Franzo o cenho, sem entender a graça.
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𝑁𝐴 𝑆𝑂𝑀𝐵𝑅𝐴 𝐷𝐸 𝑈𝑀𝐴 𝐸𝑆𝑇𝑅𝐸𝐿𝐴
Teen FictionA aspirante a jornalista, Isabela Bradenton, acabou por descobrir da forma mais árdua que o amor e a paixão podem nos pregar peças, quando assistiu de camarote seu coração ser quebrado e descartado por aquele que dizia a amar. Ele a quebrou de dentr...