| Capítulo 07 |

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ISABELA
BRADENDON

...^...

— eu juro que vou matar seu irmão. – Alissa murmura pela oitava vez, irritada.

Hoje Jimmy conseguiu a arte de fazer minha amiga o odiar um pouco mais, o que eu achava ser impossível. Mas, isso foi só até Ali receber uma ligação de Liam, um dos jogadores de futebol americano que ela está saindo, e Jim ter a audácia de acabar com todo o seu esquema com uma única palavra, amor. Ele teve a coragem de chamá-la de amor em meio à ligação, alto o suficiente para Liam ouvir e colocar ela em uma enrascada. Sim, meu irmão de vinte e dois anos fez isso, porque quando se trata de irritar Alissa, ele se rebaixa a coisas do tipo.

— ele beijava bem. – ela joga a cabeça para trás e choraminga, dramaticamente. – agora Liam não vai querer olhar na minha cara.

— claro que vai, nem que para isso eu tenha que deformar a cara de Jimmy e levá-lo até ele. – arrumo a mochila em meus ombros e olho Alissa, que caminha emburrada.

— nem precisa levar ele até o Liam, eu já ficaria feliz com a cara deformada. – resmunga, friamente. Um riso me escapa diante de sua fúria.

...*...

As primeiras aulas passaram voando e eu não poderia ficar mais feliz. Agora cá estou eu, correndo para o banheiro para não fazer xixi na roupa. Estou segurando desde o começo da última aula, porque levantar em meio a explicação e correr o risco de chamar atenção não era uma opção. Talvez Kaden estivesse certo na aula de química, no fim das contas, eles realmente só estavam me olhando pelo simples fato de se tratar de uma novata, porque uma hora ou outra consigo notar que alguns alunos ainda me encaram com curiosidade.

Entro no banheiro apressada. Por falar em Kaden, não o vejo desde sábado. Não é como se eu estivesse o procurando, ou coisa do tipo, só imaginei que talvez nos esbarrássemos pelos corredores. No entanto, isso não aconteceu. Talvez eu o veja no refeitório, ou não. Já que frequento aquele lugar a mais de uma semana e nunca o encontrei por lá.

Lavo minhas mãos e seco. Nem consigo explicar o alívio que estou sentindo na bexiga.

— Ei! Você ficou maluca ? – uma voz grave e familiar soa no corredor, irritada.

— eu só precisava falar com ele. – o que parece ser uma garota, responde na defensiva.

Me aproximo, cuidadosamente, da porta e abro uma brecha, apenas o suficiente para conseguir espiar. Sei que isso não é certo, mas pelo tom de voz o cara parece furioso e eu sei o que pode acontecer quando se fica sozinha com alguém bravo. Pela pequena brecha consigo ver as duas figuras, que estão paradas no meio do corredor vazio, se encarando.

O reconhecimento é instantâneo quando um deles se vira para olhar os lados, como se conferisse que mais ninguém os ouviria. Trevor.

— o que exatamente você tem para falar com ele, Nicole ? – pergunta, friamente.

Então essa é a famosa Nicole. Uma garota alta, o suficiente para encarar Trevor sem erguer a cabeça, e de pernas longas. Sua postura é ereta e seu queixo está levemente erguido, em um sinal de superioridade. No entanto, Trevor não parece se importar com isso.

— isso não é da sua conta, Trevor. – ela rebate, entredentes.

Durona, gostei.

𝑁𝐴 𝑆𝑂𝑀𝐵𝑅𝐴 𝐷𝐸 𝑈𝑀𝐴 𝐸𝑆𝑇𝑅𝐸𝐿𝐴Onde histórias criam vida. Descubra agora