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LENNON_

Encarei a mulher a minha frente que chorava sem parar. Passei a mão no rosto e me aproximei. 

- Isa - me sentei ao seu lado - Eu espero que você seja feliz. 

- Não faz isso comigo Lennon - agarrou meu braço- eu sei que a ideia foi minha de ser só sexo, mas eu me apaixonei por você. 

- Eu gosto de você Isabella, mas eu não te amo e você sabe disso - ela assentiu.

- Você não pode fazer isso comigo - seu olhar mudou rápido de tristeza para raiva.

- Não complica Isabella - disse me afastando. 

- Você é meu Lennon, não pode me trocar pra ficar com a Clara ou com qualquer outra - me olhou com fúria.

- Você vai achar a pessoa certa, mas ela certamente não sou eu.

- VOCÊ É SIM - Gritou - se você não for meu, não vai ser de mais ninguém. 

- Isso é uma ameaça Isabella ? - perguntei me aproximando dela. 

Ela deu passos para trás na medida que eu me aproximava, virou o rosto para o lado e eu coloquei os braços em cada lado do seu corpo. 

- Responde Isabella.

- Entenda como quiser - me olhou no fundo do olhos. 

Seu rosto avermelhado, olhos inchados de chorar, ela transmitia raiva. Balanceio a cabeça rindo fraco e me afastei.

- Não faça nada que vá se arrepender. 

Sai da casa dela batendo o portão, entrei no carro e dei partida pra casa da Clara. Fui o caminho todo pensando nas palavras da Isabella. 

Antes de vim, deixei a Isis na casa da minha mãe. Estacionei em frente o prédio da Clara e o porteiro pediu pra eu esperar.

Ele interfonou diversas vezes pra ela, só que ninguém atendeu. Ele me olhou por um tempo enquanto eu tirava as caixas do carro.

- Desculpe, mas o senhor não cai poder subir - ele disse sorrindo fraco.

- Eu sou o pai do bebê dela, eu não vim mais cedo porque tinga um compromisso urgente. 

- Eu entendo,  mas ela não autorizou. 

- Vamos fazer assim - olhei ele rápido e peguei o celular - o senhor sobe comigo, eu levo as caixas e vejo se aconteceu alguma coisa com ela. 

- Isso é contra as regras daqui - passou a mão no rosto - como o senhor tá falando que é pai do bebê e ela não atende eu vou deixar o senhor subir, mas só porque pode ter acontecido alguma coisa com ela. 

- Obrigado - sorri sem graça.

- Vem, eu vou te ajudar com isso. 

Eu trouxe só algumas coisas dela, então não daria muito trabalho carregar, ele pegou duas caixas e eu peguei mais duas e uma mochila. 

Entramos no elevador e seguimos para o andar. O homem me olhava desconfiado e eu fiquei sem jeito. 

Paramos no andar dela e seguimos até apartamento. Bati na porta diversas vezes e nada dela atender. 

Dei alguma socos forte e escutei pessoas lá dentro e vi pela fresta da porta a luz acesa. Respirei aliviado ouvindo a porta ser destrancada.

- Lennon? - me olhou confusa- tá fazendo o que aqui ? Boa noite seu Sérgio- comprimento o cara. 

- Boa noite dona Clara- sorriu gentil - ele tava preocupado com a senhora e eu vim ver se tava tudo bem. 

- Tô bem, obrigado - sorri de volta - pode deixar essas coisas aqui no cantinho - o homem e deixou as caixas e me olhou. 

- Tá tudo bem mesmo - me olhou sério e eu engoli seco. 

- Tá sim - me puxou pra dentro- ele é meu amigo, pode liberar quando vim. 

- se é assim, tudo bem. Tenham uma ótima noite - sorriu e foi embora. 

Entrei deixando as coisas ali no conto da sala e olhei a Clara indo em direção a outro cômodo. 

- Apartamento legal - falei seguindo ela. 

- Valeu, tá fazendo o que aqui ? - perguntou sentada na cama. 

- Vim entregar suas coisa. 

- Hum - falou simples - como foi lá com a Isabella ? 

- a gente terminou.

REFÚGIO || L7NNON Onde histórias criam vida. Descubra agora