Capítulo 4 - Guns

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Burro, sem sorte ou filho da puta? 

Acho que dessas três opções eu posso me enquadrar perfeitamente nas três, eu vim nessa viagem para tentar ganhar o perdão da diaba e reconquistar ela e primeiro quase levei um tiro dela, segundo para o meu azar na primeira noite no cassino aquela loira doida grudou em mim e com certeza a diaba acha que tive alguma coisa com ela e eu nem me importei em perguntar a porra do nome da doida e terceiro para piorar tudo a diaba dormiu com aquele imbecil. 

Porra. 

Só de lembrar disso meu sangue ferve dentro de mim. 

Eu sei que não posso exigir nada da Kyra até porque não temos nada e quando ela me deu uma chance eu fui um filho da puta com ela e estraguei tudo mas porra ver ela sair com aquele imbecil me doeu e se eu já não tivesse a certeza que sinto algo por ela com certeza depois de ver ela com outro eu teria a certeza, tudo em mim gritava para que eu socasse a cara do imbecil e colocasse a Kyra nos ombros e saísse do cassino para bem longe mas se eu fizesse isso além de ganhar um olho roxo eu sairia dentro de um caixão do cassino. 

Kyra me mataria. 

Porque eu tinha que gostar logo de uma mulher que luta, atira e sabe matar como ninguém? 

Castigo. 

Só pode. 

Apesar de ter sido um filho da puta na maior parte da vida eu sempre sonhei em um dia sossegar com uma mulher e fazer dela a minha senhora mas confesso que depois de tantas cadelas que passaram na minha cama esse sonho foi ficando cada vez mais no passado a verdade e que dinheiro, poder e mulheres dominam facilmente a porra da mente de um homem e na maioria das vezes terminamos fazendo merda. 

A grande prova disso sou eu. 

Eu tinha tudo nas mãos para dar certo com a Kyra e joguei no lixo não pensei em mim e muito menos nela e no quanto aquela minha atitude iria machucar ela. 

Fecho os olhos ao lembrar do rosto dela quando me pegou na cama com a cadela e me chuto mentalmente sei que nenhuma mulher merece passar por isso e muito menos a Kyra depois de tudo que ela passou pena que pensei com o pau e não com o coração e hoje estou pagando caro por isso.

Peço mais uma bebida e suspiro. 

Por mim eu teria ficado com a diaba no escritório mas ela me expulsou e agora me sinto sozinho e deslocado no meio dessa gente fina. 

-Querido. -Ouço uma voz atrás de mim e começo a rezar para que não seja a doida. 

Me viro e infelizmente e ela.

-Me paga uma bebida querido? -Pergunta se sentando ao meu lado. 

-Moça eu vou repetir o que disse para você na outra noite. -Falo e logo o sorriso dela some. 

Ela tenta passar a mão no meu peito e me afasto. 

-Não estou interessado moça tenho mulher e espero que dessa vez  você entenda isso. -Falo.

-Podemos nos divertir querido e sua mulherzinha não precisa saber. -Fala com uma voz fina e enjoada. 

-Eu vou saber e isso basta. -Falo e me levanto.

-Onde vai? -Pergunta. 

-Para longe de você. -Falo e saio andando rápido em direção a saída.

Saio do cassino e vejo o Luca na entrada. 

-Tudo bem? -Luca pergunta. 

-Não. -Respondo. 

Coração traidor ( Guns livro 3 )Onde histórias criam vida. Descubra agora