Jennie
Lembranças:
Meu primeiro assassinato... Me lembro dele com riqueza de detalhes. Eu era muito nova, e agi no impulso, apenas uma reação que tive no calor do momento, só me dei conta do que aconteceu, depois que cometi o ato.
Depois que isso aconteceu, prometi a mim mesma que nunca mais faria algo assim novamente, não mataria alguém sem planejar antes, pois eu quase fui pega.
Eu sempre me contive ao máximo, sou uma pessoa racional. Só tiro a vida de alguém quando não vejo mais nenhuma outra opção. Mas a primeira vez é inesquecível...
Eu tinha 12 anos, e era imatura. Sempre me envolvia em brigas na escola, todo mundo achava que minhas atitudes era apenas para chamar a atenção. Mas eu nunca cheguei a ser expulsa da escola, pois sabia me vitimizar.
Meus pais não se importavam com nada, eu fui criada praticamente a vida inteira pela minha babá, sempre a vi como uma pessoa importante, pois eu dependia dela para muita coisa. Mas ela me conhecia muito bem, sabia que eu não era considerada "normal" e que minhas atitudes não eram apenas para chamar atenção.
Ela sabia o porquê eu agia dessa forma, e essa era a parte ruim de tê-la em minha vida, ela tinha medo de que eu fizesse alguma coisa ruim com alguém. A minha babá não podia me levar a um psicólogo, como ela queria, porque meus pais proibiam. E o que ela mais temia aconteceu. Eu empurrei uma menina de cima da casa na árvore do parque, e desde aquele dia ela não saia do meu pé.
Ela conseguiu convencer os meus pais de que o melhor para mim era sair da escola e ter aulas em casa, eu não tinha mais amigos, nunca gostei deles, mas era bom causar inveja aos mesmos. Me senti vivendo em cárcere privado. Longe do resto do mundo. E isso só piorou a situação, minha raiva aumentou.
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V
Lembranças:
Fui morar com os meus avós quando tinha 6 anos, foi quando eles descobriram o que eu passava na casa dos meus pais.
Minha mãe nunca foi carinhosa comigo, ela implicava com todas as minhas atitudes, eu não podia rir, chorar, cantar, e nem fazer movimentos bruscos perto dela. Tudo a incomodava.
Meu pai trabalhava o dia todo, só o via a noite, quando ele me mandava pegar uma cerveja para ele na geladeira, nós nunca tínhamos uma conversa, só quando ele brigava comigo, mas eu nunca abria minha boca para se explicar, se não era pior. Tinha vezes que ele chegava estressado, e descontava sua raiva em mim, eu apanhava como um cachorro de rua, e minha mãe nem ligava. Meu único refúgio era a escola, pois ficava longe dos meus pais, lá eu me sentia seguro.
Quando algo sumia ou quebrava dentro de casa, a culpa sempre era minha, eu tentava me esconder para não apanhar, mas minha mãe sempre me achava. "KIM TAEHYUNG, QUANDO EU TE ENCONTRAR VAI SER PIOR." Era o que eu ouvia.
"Você é o meu castigo, estragou a minha vida, nunca quis ter você. Seu merdinha." Essas eram as frases que eu mais escutava.
Kim Taehyung, eu odiava ouvir esse nome. Depois que me mudei para a casa dos meus avós, desenvolvi o TDI. Não me identicava mais como Kim Taehyung, mas não podia simplesmente mandar as pessoas me chamarem de V, mesmo como apelido, pois minha outra personalidade não consegue se identificar como V. E para evitar uma desavença com ele, eu deixei que todos me chamassem pelo meu verdadeiro nome, mesmo eu o odiando. Nunca quis que descobrissem sobre o meu problema, então eu e Taehyung desenvolvemos algumas técnicas para não levantar suspeitas.
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Dupla Personalidade _ Jennie E Taehyung
Romancepublicado 10/02/21 Conteúdo Autoral. _ Plágio é crime. _ Não aceito adaptações. •Taehyung conseguiu recentemente sua tão sonhada promoção como detetive chefe do departamento de polícia onde trabalha, mas seu sonho acaba virando um pesadelo depois qu...