Cap. 31

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Jennie

Sábado

Hoje completa dois dias que Taehyung foi para hospital, depois de ter levado um tiro em meu lugar.

Tudo aconteceu tão rápido naquela noite, eu não tive reação. Até ver Tae caído ao chão. Meu corpo se comportou de forma estranha, tremi, faltou ar e meus olhos lacrimejaram, era como se eu realmente estivesse preocupada com Tae.

Ele está em estado crítico no hospital, e não pude fazer nada para ajudá-lo.

Acho que meu sentimento é mais de ódio do que preocupação com ele, o carpete da minha casa está todo manchado de sangue, estou pela milésima vez sendo interrogada, pois sou a única testemunha de um crime que ocorreu em minha própria casa, e se não bastasse, torrando meu dinheiro com detetive particular para descobrir tudo sobre o cara que invadiu minha casa e quase me matou.

_ Então senhorita Jennie, você realmente não conhecia o homem que invadiu sua casa, nao sabia o motivo de ele ter tentado te matar e nem de ter espancado o investigador Taehyung. _ Kim Namjoon repetiu minhas palavras pela décima vez. _ Você estava sendo investigada por Kim Taehyung, achamos em sua cardeneta de anotações o seu nome repetido várias vezes, em diferentes datas onde ele havia suspeitado de suas ações. Havia conhecimento disso?

_ Sim, ele deixava bem claro que não confiava em mim. _ Namjoon estava me interrogando na delegacia, fazendo as mesmas perguntas de antes, esse é um velho método da polícia de fazer a pessoa explicar várias vezes a sua versão na história até encontrarem uma contradição.

Eu não sou idiota de cair nesses interrogatórios. Passo a sensação de confiança e doçura para todos ao meu redor, menos para Taehyung.

Assim que acabo meu depoimento vou a caminho do hospital onde V se encontra internado. Precisava passar a imagem que estava me sentindo culpada pelo o que aconteceu.

Quando entro no quarto apenas encaro Tae deitado na maca, hospital não combina com ele, com sua beleza.

Se não fosse os aparelhos interligados a ele, eu diria que estava apenas dormindo.

Me sento na poltrona ao lado de sua maca quando Rose entra no quarto.

_ Você por aqui doutora! _ Ela se aproxima e estende sua mão.

Eu a comprimento e dou um sorriso fechado, que é retribuído.

_ Deve ter sido uma cena horrível.

_ Foi pior que isso. _ Respondo ela abaixando meu olhar.

Rose se escora no pé da maca de Tae e o encara.

_ Ele deve gostar mesmo de você, se atirar na frente de uma bala não é pra qualquer um, você deve ser muito especial para ele.

_ É. _ Falo em um desabafo, e o olho me perguntando, será que ele tem sentimentos verdadeiros por mim?

As vezes me vem a vontade de querer sentir algo assim, sentir compaixão, acho que assim iria me achar mais humana.

Nunca ninguém havia feito nada por mim, eu sempre fui independente, sempre fui só eu e o mundo. Mas depois que o conheci, aquele sentimento de solidão ficou esquecido, mesmo passando raiva com esse cara, me sinto menos sozinha perto dele.

Mas as vezes eu paro e penso "será que meu cérebro está apenas brincando comigo? Me iludindo? E que esse sentimento não é real? Estou me tornando apenas uma psicopata fanática por alguém?"

_ Você viu? _ Rose perguntou para mim.

_ Vi o que?

_ Acho que o dedão do senhor Kim se mexeu.

Dupla Personalidade _ Jennie E TaehyungOnde histórias criam vida. Descubra agora