Dupla Personalidade _ Jennie E Taehyung

Cap. 1

Kim Taehyung

Quarta-feira

A rua a essa hora da madrugada estava deserta; só se ouvia o som das máquinas fotográficas da polícia forense. Este é o primeiro caso de assassinato que vou me responsabilizar depois que virei chefe do departamento de investigação policial de Gangnan.

_ O corpo foi encontrado por um morador de rua. Ele foi até uma conveniência a dois quarteirões daqui, que se encontrava aberta. Avisou o caixa, que chamou a polícia até o local. _ JHope diz, mostrando-me as imagens da câmera de segurança da conveniência em um tablet. _ O morador de rua não identificado ainda não foi localizado.

_ Ele saiu do local antes mesmo da polícia chegar. _ Namjoon diz, colocando suas mãos em volta de seu pescoço como se estivesse com dor no local.

Me aproximo da cena do crime e vejo uma mulher baixa e magra, de pele clara e cabelos presos em um coque; ela está com uma roupa de academia. _ O corpo foi encontrado por volta das 23h40min. Não fazia muito tempo que este homem foi assassinado. Talvez o morador de rua tenha ouvido ou visto algo importante; precisamos localizá-lo o quanto antes. _ A mulher diz, retirando suas luvas de borracha.

_ Já identificaram a vítima? _ Pergunto, anotando no meu bloco de notas.

_ Sim. _ Ela mostra uma carteira dentro de um saco plástico para colher provas. _ Kim Seokjin, 28 anos, advogado. A família da vítima já está sendo localizada.

Ela coloca a prova dentro de uma caixa de papelão e a entrega para um auxiliar.

_ A vítima foi morta com um golpe de faca que perfurou a região do pâncreas. Vamos encaminhar o corpo para a perícia analisar melhor. _ Ela estende suas mãos geladas e pálidas para me cumprimentar. _ Prazer em conhecê-lo, investigador Taehyung. Eu ouvi falar muito bem do seu trabalho; é um dos melhores da nossa região. Eu me chamo Rose.

_ Muito prazer, Rose. _ Estendo minha mão e a cumprimento devidamente.

_ Irei atrás das câmeras de segurança, do morador de rua e de testemunhas oculares da região. _ Digo a ela, voltando minha mão para o bolso de meu casaco.

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Não há câmeras de segurança no beco ou perto de onde o corpo foi encontrado. Um casal passou pelo local por volta das 23h20min, mas não havia nada no beco, apenas uma mulher de estatura mediana com um vestido vermelho. O casal estava indo para uma casa de show naquele horário, e quando voltaram pelo mesmo caminho, viram a cena do crime interditada pela polícia. Não foi uma informação tão útil, mas conseguimos encontrar o morador de rua que viu o corpo.

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_ Como foi o interrogatório? _ JHope pergunta me entregando um copo de café.

_ Ele diz não ter visto e nem ouvido nada, estava passando pelo beco estreito em busca de papelão para dormir e viu o corpo estirado no chão. _ Aviso JHope me sentando no sofá da delegacia. _ Eu não acho que ele esteja mentindo, mas, por garantia, quero manter ele aqui e ver se arranco algo suspeito de seu depoimento.

Bebo um pouco do meu café enquanto JHope me encara com dúvidas. _ Acho que o senhor vai ter muito trabalho nesse caso, minhas notícias também não são agradáveis. Conversei com a família da vítima, sua esposa Jisoo diz não conhecer ninguém que pudesse ter feito isso com ele. Ela falou que SeokJin era um bom marido, não fazia mal nem para uma mosca. O celular dele não foi encontrado. A Sr. Jisoo diz que ele não ficava nem um minuto sem o celular.