Capítulo 33.

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4 meses depois...

Ísis

8 meses, eu via o tamanho da minha barriga e não acreditava que seguia firme até aqui. Depois do que aconteceu tive que ficar de repouso absoluto, quase sofri um aborto depois de um mês daquele dia.

Meu Miguel era forte, meu menino lutava cada dia mais pra ficar dentro de mim. A cada dia era uma vitória, quanto mais tempo eu pudesse o proteger era o que eu iria fazer.

Descobri toda a verdade sobre Suellen e te falar? Não me surpreendi. Sempre senti uma coisa ruim vindo dela, só não imaginei que seria tão suja e que iria tão longe.

Suellen foi morta naquela mesma semana, preferi não saber de que forma, apesar de tudo que ela fez pra mim eu nunca vou conseguir gostar do sofrimento de outra pessoa.

Leandro não desgrudava de mim um minuto, chegava a me estressar mas eu entendia que era apenas proteção. Depois do que aconteceu todo mundo ficava de olho em mim, e eu agradecia por isso.

Suspirei vendo o meu barrigão e aproveitei pra postar uma foto.

STATUS
Falta pouco meu amor. 👼🏻💙 #8M

O processo contra mim por associação ao tráfico foi adiado depois do meu advogado entrar com uma ação pra suspender as audiências até o final da minha gestação, eles relutaram mas aceitaram

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O processo contra mim por associação ao tráfico foi adiado depois do meu advogado entrar com uma ação pra suspender as audiências até o final da minha gestação, eles relutaram mas aceitaram. Não iriam facilitar pra mim e isso era nítido.

Queriam me ferrar de qualquer forma e eu percebia o Leandro cada vez mais preocupado com isso.

Logo ouvi um grito e já identifiquei de quem era.

— Abre aqui. — Vitinho berrava no portão.

— To surda ainda não viado, tu quer é me deixar né? — Respondi abrindo a porta e recebendo um abraço dele.

— Aí mulher, já tava mofando na rua. — Ele disse entrando e deixando as compras na dispensa.

— Carla tá trabalhando até agora? — Perguntei me sentando.

— Uhum. Tem que ir. Tu não quer a madrinha do teu filho sem emprego né? — Ele disse enciumado frisando a parte da madrinha me fazendo rir.

— Larga de ser enciumado, você vai ser o titio preferido dele, sabe que é meu irmão de coração. — Falei abraçando ele que abriu um sorriso.

— Aí mulher eu sei, ele vai gostar mais de mim do que de tu, só espera viu. — Ele disse me mandando beijo e eu assenti rindo.

Ficamos a tarde toda fofocando e de grude, não vou negar que amo essa atenção toda. Aproveitei pra ir um pouco na minha tia, tinha três dias que não vinha e ela já tava pra me matar.

— Cadê o bolo que a senhora me prometeu em? — Cheguei falando alto já sentindo aquele cheiro bom que só a comida dela tinha.

— Entra aí sumida. — Ela falou irônica e eu balancei a cabeça. — Cadê o meu bebê. — Ela falou com aquela vozinha beijando minha barriga.

— Tá aí fazendo bagunça, acha que a mãe dele é uma cama elástica né? — Brinquei falando e colocando minhas coisas na mesa.

— Ele pode tudo, comprei mais uma coisinha pra ele hoje, já conseguiu terminar de por as coisas no lugar? — Ela disse me dando um pedaço de bolo.

— Tá tudo certo já tia! — Ela assentiu.

Ficamos jogando papo fora até que ouvi aqueles fogos, já tinha acontecido três vezes nos últimos meses, a BOPE tinha um foco principal no morro, a cabeça do chefe. Pensar naquilo sempre me trazia uma sensação ruim.

Pedi a Deus muita proteção pro Leandro e ajudei a minha tia a fechar a casa, me sentei e tentei me manter calma.

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