Vício.

Capítulo 2.

Escobar

Depois de trombar naquela morena sai boladão. Porra, assim vira bagunça, achei que já ia puxar o papo rendendo pra mim, mas ela ficou boladona po, nem entendi não.

Tô pegando a visão dela desde que ela chegou no morro, quietona, na dela, achei que era charme pra pagar de santa mas tô vendo que não.

Meu vulgo é Escobar, mas meu nome mesmo é Leandro, herdei esse morro aqui do meu coroa, depois que ele foi dessa pra melhor, a favela ficou pra eu assumir, e eu sempre gostei dessa vida, poder e  dinheiro. Mas não sou ruim não pô, fortaleço os moradores no que posso.

Pra falar a verdade essa morena me deixou instigado, se fosse outra já tinha ficado em cima e ela toda estressadona pro meu lado. Ri com meu pensamento.

— Tá pensando em mim? — Evelyn entrou na salinha já me deixando puto. —

— Quem te deu autoridade pra entrar aqui porra? — Olhei pra ela já fechando a cara. —

Evelyn me olhou com uma expressão triste e eu vi que já ia começar, quem não conhece a peça pode ser que até sinta dó. Já dei muita moral pra ela, deixei como minha fiel por 3 anos, dei tudo do bom, mas depois de um tempo vi que não dava não. A mina só sugava meu dinheiro e não queria nada com nada da vida, mas até hoje ela não larga o osso.

— Poxa mozinho, vim te fazer uma visita, tem tanto tempo que não vai pro meu cafofo, tô com saudade. — Ela disse vindo pro meu lado e passando a mão no meu pescoço. —

— Não tô com tempo pra tu agora, vai pra casa que mais tarde colo no seu barraco. — Menti, quanto mais eu pegava essa mina mais ela grudava, nem valia a pena colar com ela mais não. —

— Te espero lá mozinho. — Ela disse com um sorrisinho no rosto e me deu um beijo no canto da boca saindo em seguida. —

Assim que ela saiu já peguei meu telefone acionando a Rebecca, mina da rua de trás pra brotar no barraco de madrugada, ela era colada na Evelyn, tudo duas caras uma com a outra. Logo já recebi resposta da piranha.

Terminei de fazer a contagem do dinheiro de hoje, meu apelido não era atoa, o pó aqui era o que mais saía, vendia aqui, mandava pra outras favelas, não tem pra mais ninguém nesse mercado. Tudo nosso, né pô.

Mexi um pouco no twitter e logo apareceu uma foto daquela morena, te falar, a mulher era gostosa demais, posturada, do jeito que o diabo e eu gostamos. Dei aquela curtida de leve, por mais que ela esteja com ódio da minha cara do jeito que saiu. Se fosse outra pessoa ia ser só um na cara, mas a morena prendeu minha atenção.

— A marica não foi pra casa até agora? — FP entrou tocando na minha mão e se sentando no meu lado. —

— Vida fácil aqui é só a tua né mano. — Disse acendendo um chá que já estava bolado. —

Ele nem me respondeu e vi ele dando um sorrisinho pro telefone.

— Ih, putona, não tira esse sorrisinho da cara mais em. Clarisse te laçou. — Falei zoando enquanto fumava.

— É Carla. E é só passatempo, sou de todas, e todas são do papai. — Ele disse rindo e eu ri alto, Felipinho é amarradão na da mina desde sempre mas sempre paga de que não liga pra ela, muito vacilão. —

— Foi laçado pô, tô falando. — Ri e me levantei tocando na mão dele. — Vou chegar lá no meu barraco. — Ele murmurou um jae mano e eu sai indo voadão pra casa. —

Já tinha 5 ligações da Evelyn, por isso que não dá, mina grudenta é foda, você da a mão elas já querem o braço. Desliguei o telefone mas antes aproveitei pra postar uma foto de mais cedo. Tava de bobeira né pô.

🐦 - Escobar 🤪 @escobar_faixaa 🔒

passa nada e nem pode 🔭😈

Curtido por evelyn_ju, ísis_mm e outras pessoas.

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Então, acho que perceberam que eu gosto da madrugada pra escrever né? haha

Alguns avisos:

Eu não tenho dia certo pra postar ainda, mas vou tentar postar todo dia.

Queria agradecer a todos que votaram, comentaram e estão me ajudando seja divulgando, ou me dando conselhos, valorizo muito cada pessoa que me ajuda, de verdade, me motiva a escrever 💓

E esse é o nosso Leandro, e aí o que acharam?