Capítulo 8.

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Ísis

Já tinha chegado mais de 3 meninas pra falar que a tal Evelyn tava falando que ia me deixar careca, e eu só fazia rir né, falar até papagaio fala, quero ver ter disposição de me encostar.

Nem preciso falar que quase tomei um pau babado da minha tia quando ela viu a tal fofoca, foi muita conversa até ela acreditar que era conversa fiada dos outros.

Hoje era domingo, decidi tomar um banho de mar pra tirar a energia ruim, Vitinho e Carla tinham vindo comigo e eu nem preciso falar como eles estão né?

— Deixa ela vim Ísis, vai tomar o dela e ficar caladinha se não toma mais. — Carla disse enquanto passava bronzeador pelo corpo.

— Aquela ali ama passar uma vergonha né, nem tomando um pau babado acho que aprende. — Vitinho disse.

— Deixa ela gente, vou até postar uma foto aqui só pra ela ver o quanto to preocupada e com medo dela. — Debochei e postei uma foto no tt.

🐦 – Moreninha 🎀 @ísis_mm
Blindada amor 🥰🧜🏽‍♀️

Pedimos aquela porção de tilápia com fritas e uma torre de chop e colocamos as fofocas em dia

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Pedimos aquela porção de tilápia com fritas e uma torre de chop e colocamos as fofocas em dia.
Não tinha nada melhor que sentir o ar fresco junto com esse mar, além disso fofocar com os amigos que eu gosto, se eu pudesse fazia isso todos os dias.

— Vai ter pagode de noite, aquele grupo da pista que tu ama Ísis, bora né? — Ela disse e assenti.

— Passa lá em casa umas 19:00 que eu vou tá pronta. Tu vai né bicha? — Perguntei Vitinho que estava de papo com o velho que banca ele no celular.

— Até queria ir mas o vovô quer me ver. — ele disse e eu revirei os olhos rindo. — Mas se rolar barraco me chama que desço a mão na xoxada.

Rimos dele e terminamos de comer, depois ainda tomamos mais uma rodada e eu fui pra casa. Aproveitei pra arrumar meu cabelo, por a unha em dia e separar algumas matérias da faculdade.

Tomei aquele banho caprichado e resolvi usar uma saia jeans e um body cavado preto, calcei um salto básico e fiz uma make. Decidi deixar meus cabelos lisos e estava pronta.

— Só quer saber de rua né Ísis. — Minha tia disse assim que eu desci.

— Ih tia, quer ir comigo? — Falei enquanto tomava um pouco de suco.

— Deus me livre dessa muvuca. E presta atenção onde você está e com quem em. — Ela disse me encarando.

Depois que começaram os boatos que eu estava envolvida com Escobar ela não parava de mandar indiretas. E eu fazia a linha sonsa né?

— Beijoo, não vou voltar tarde. — Falei pegando a chave e ignorando o que ela disse.

Não demorou muito e Carla chegou, entrei no carro e vi a prima dela que não aparecia no morro a muito tempo, era um amor
de pessoa.

— Uai vai chover, você por aqui Mayra? — Falei a cumprimentando.

— Aí você sabe como tá difícil, não tava conseguindo manter o aluguel na pista então tive que arrumar algo por aqui. Mas pelo menos tem vocês. — Ela disse e eu sorri. 

Gostava de Mayra, ela era batalhadora e sempre me tratou muito bem desde que a conheci a alguns meses.

A gente chegou no pagode rapidinho e eu nem sei porque Carla inventou de vir de carro, foi mais difícil de arrumar lugar pra estacionar que tudo.

Já pedi pra vir uma rodada de chop pra gente e desceu geladinha. Quando cheguei Escobar estava na mesa do lado de fora, gostoso como sempre, como que me aguento? Passei direto pra evitar fofoca e entrei.

Passou um tempo e eles começaram a cantar, era mais uma banda que fazia cover, mas a voz do cantor era tão linda que eu não aguentava, aí até quem tá solteiro sofre mesmo.

Quem mandou você roubar o brilho do Sol
E guardar dentro do olhar?
Ah, esse cabelo em forma de caracol
Que eu quero me embaraçar
De hoje em diante, os seus lábios de mel
Só eu quem posso beijar
O teu corpo é como um pedaço do céu
Que eu 'To pronto pra voar
'To te esperando já faz tempo
Tipo assim, a vida inteira
Eu já te amava em pensamento
Juro, não é brincadeira
E quando meu olhar achou o seu
Descobri que valeu te esperar
E naquele segundo
Acho que o mundo até parou pra suspirar

—Quando você chegou, eu perdi o sentido, o teu sorriso quase que acabou comigo. — Cantei alto sendo acompanhada pelas meninas.

Percebi que o olhar dele estava em mim me fazendo gelar, logo um sorrisinho brotou nos lábios dele e eu ri negando com a cabeça.

— Vou pedir mais um chop. — Avisei as meninas e fui em direção ao balcão.

Fiz meu pedido e estava voltando quando senti alguém me puxar pelo cabelo me fazendo quase tomar um tombo.

— Piranha que gosta de homem casado. Falei que ia te pegar. — Percebi que era a Evelyn e me soltei.

Fui pra cima dela e senti ela arranhar minha nuca, a raiva subiu e eu não quis saber mais de nada. Virei dois socos na boca dela fazendo ela se afastar enquanto eu tirava o salto do pé, aproveitei sua distração e dei nela uma rasteira. Ela conseguiu me dar um soco na boca e senti o gosto do sangue.

Ouvi as pessoas gritando mas eu nem queria ouvir, foi só porrada na cara dela fazendo minha mão ficar com sangue que já descia. Ela tentou puxar meu cabelo e eu fui mais rápida pegando o copo no balcão e quebrando na costela dela sentindo ela gritar de dor.

— Desgraçada quer brigar puxando cabelo? bate direito o fodona. — Falei cega de ódio e bati com o salto na cara dela, me preparei pra dar mais um soco na boca do estômago quando senti me puxarem.

— Tá pagando calcinha pra todo mundo ver, tá louca porra? — Escobar disse me prensando na parede e vi que as amigas dela estavam ajudando ela a levantar, a mesma estava com a cara cheia de sangue e a mão com caco de vidro.

— Vai se fuder você e ela. — Falei puta e empurrei ele saindo do meio das pessoas.

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