Capítulo 10.

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Ísis

— Não dá pra tomar decisão assim do nada Leandro. Não tô preparada pra abrir isso pra minha tia ainda e nem sei se to pra um relacionamento novo. Vamos continuar assim, quando for pra ser vai ser, só quero que você de um basta nessas situações.

— Jae po, tu que sabe. — Fez um joinha e abriu maior bicão.

Revirei os olhos e ignorei a cara de bunda dele me aconchegando no seu peito. Logo senti ele me abraçar. Tava tão cansada que depois de um tempo eu apaguei.

{...}

Acordei sentindo um peso em cima de mim, Leandro era folgado pra caralho, quase me jogando da cama. Empurrei ele com delicadeza e ele apenas murmurou algo que não entendi e se virou dormindo de novo.

Levantei e fui direto pro banheiro, tomei um banho demorando e ouvi Leandro me chamar mas ignorei, me enrolei na toalha e percebi que a minha boca estava meio machucada, limpei com a água e passei um antisséptico que achei no armário. Desgraçada conseguiu me machucar mas ela tá bem pior que eu.

Sai pro quarto e percebi que ele não estava lá, me vesti e desci vendo ele voltando da porta com uma sacola na mão.

— Achei que tu tinha morrido no banheiro. Já ia mandar desovar lá no buracão. — Ele disse deixando a sacola na mesa e vindo até mim.

— Tá cheio de gracinha em palhaço. — Falei rindo e entrelacei meus braços no seu pescoço sentindo aquele cheiro gostoso que só ele tem.

— Vão lá tomar café po, mandei trazer pra tu. — Ele disse e me deu um selinho me puxando.

Aquele bolo de cenoura tava de outro mundo de bom, comi três pedaços e faltou pouco pra eu não comer o quarto.

— Mini dragão não engorda de ruim. — Ele disse me zoando.

— To comendo pouco ainda. O dia que eu tiver
mesmo com fome te dou prejuízo. — Falei dando meu último gole de suco. — Me leva lá em casa? Tenho que ir trabalhar.

Ele assentiu e ajudei ele a ajeitar a mesa. Fui pra garagem e esperei ele tirar a moto, logo já estava em casa.

Fui direto pro quarto e me arrumei, botei meu uniforme e passei uma maquiagem leve, aproveitei pra cobrir o arranhado na boca. Desci pra sala e ouvi minha tia me chamar.

— Ísis, vem cá. — Ouvi ela gritar da cozinha.

— Oi tia, bom dia.

— Fui no mercado e a dona Suzana disse que você brigou ontem no bar, o que aconteceu? você não é disso. — Meu cu trancou que não passava agulha, sabia que eu teria que conversar com ela mas eu não tinha nem tempo agora.

— Quando eu chegar te explico tudo, a gente precisa conversar mesmo. — Ela assentiu e eu dei um beijo na bochecha dela saindo.

— Deus te abençoe, cuidado. — Gritei um amém e desci pra pegar meu ônibus. Mais um dia ralando.

Encontrei com Vítor no ponto de ônibus como de costume e fomos o caminho todo conversando. Ele disse que viu a Evelyn e ela tá com a cara toda machucada e careca. Chega a dar dó, mas quem procura acha.

Cheguei no salão e já tinha uma cliente. Fiz uma unha apenas com esmaltação e tirei uma foto pra postar na página do salão, não era por nada não mas eu arrasava no que eu fazia.

 Fiz uma unha apenas com esmaltação e tirei uma foto pra postar na página do salão, não era por nada não mas eu arrasava no que eu fazia

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                                                                                                                 📸

Mandei pra minha chefe e ela agradeceu. Aproveitei a pausa e pedi minha colega as matérias da faculdade de hoje, não podia me dar o luxo de ficar faltando desse jeito.

O dia passou devagar, ainda fiz 2 progressivas e mais 4 unhas. Meu olho já estava até irritado pelos produtos. Vítor me chamou pra passar na casa dele pra gente tomar uma e eu aceitei.

— Amiga fiquei sabendo que a Evelyn tá careca. — Carla falou assim que eu cheguei e eu ri.

— To sabendo, apesar dos pesares ainda tenho pena dela.

— Tá louca mulher, só assim ela aquieta o facho dela. — Vitinho disse e encheu meu copo.

— Deixa essa humilhada pra lá. Não é bom nem ficar chamando. — Disse e bebi minha cerveja. —

— Tá certa. Ai gente, não aguento mais o Felipe, ele disse que quer me assumir mas não consigo confiar nele mais. Tenho medo dele meter um chifre na minha testa. — Carlinha disse.

— Amiga, se teu coração tá te mandando dar outra chance, dá, se ele não mantiver a postura você pula fora de vez. Não fica sofrendo, se vocês se gostam, tentem de novo.

— Vou tentar conversar com ele, mas depois de uma decepção é difícil confiar de novo.

— Bicha mas o que vai adiantar, tu vai lá e senta pra ele e depois fica nesse cu doce? se juntem logo. — Vítor falou estressado me fazendo rir.

— Ridículo. — Carla murmurou baixo.

— Escobar falou da gente se assumir ontem.

— E tu mulher? — Carla perguntou.

— Falei que era melhor deixar como tá e que quando for pra ser vai ser.

— Tá certa Ísis, não da mole. — Vítor disse.

— Só não espera tempo demais amiga, as vezes isso atrapalha. Se for do teu coração, vai fundo. — Carla disse e eu concordei.

Tomei mais algumas cervejas com eles e foi gargalhada a noite toda, não troco por nada. Fui direto pra casa e minha tia já estava apagada, fiquei aliviada de não ter que ter aquela conversa hoje.

Respondi algumas mensagens e vi uma ligação perdida do Leandro, tentei retornar mas caiu na caixa. Deixei uma mensagem e fui tomar um banho.

Coloquei algumas coisas da faculdade em dia e fui deitar, o cansaço me venceu e eu apaguei.

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Querem capítulo da Carla e/ou Felipe?

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