Mais que um chefe

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A conversa com o sr. La Grand no carro me atormentou pelo restante do dia e o começo da noite. Ele não tinha me dado uma bronca por ter transado com o seu parceiro de negócio, ao contrário disso, ele manifestou o desejo de fazer a mesma coisa. Eu poderia considerar isso assédio, afinal ele é meu chefe, isso se eu não tivesse a mesma vontade que ele.

Para conferir a agenda com Walter foi um sacrifício, ele me olhava com safadeza e meu corpo reagia favorável a ele. Minha voz tinha ficado um pouco mais rouca, os pelos do corpo estava todos arrepiados e os músculos da minha vagina se contraiam ansiando por ele, me forçando contrair as pernas uma contra a outra para.

– A senhorita sabe, que é errado ter esse tipo de desejo pelo seu chefe, não sabe, senhorita Saldanha? – Walter perguntou, assim que eu acabei de repassar os horários do dia seguinte.

Olhei para ele assustada e em seus olhos eu vi o fogo do desejo misturado com o divertimento, de me ver numa situação embaraçosa.

– Me desculpe – falei, abaixando os olhos.

– Não por isso – ele disse, ainda achando graça. – Já terminamos?

– Sim.

Walter levantou e se pôs organizar suas coisas.

– Tenha uma boa noite, senhorita Saldanha.

E ele saiu, me deixando ali em sua sala, confusa com a intensidade do desejo que eu estava sentindo por ele. Eu nunca fui santa, na adolescência fui pega pelo diretor da minha escola, chupando um garoto do último ano no banheiro, e para não ser castigada, fiz o mesmo com ele, ninguém nunca soube disso. Mas definitivamente aquilo estava além dos meus padrões. Até a hora do almoço daquele dia, eu estava em jogo de sedução com Otávio, e mais secretamente desejando Priscila, agora, eu já não conseguia me controlar pensando em Walter La Grand. O que faltava agora? Flertar com o Luís? Oh Deus, não, que pelo menos ele esteja a salvo das minhas loucuras.

Meu expediente hoje acabou mais cedo, e eu precisava pensar no que fazer, mandei uma mensagem para Augusto:

       Meu expediente hoje acabou mais cedo, e eu precisava pensar no que fazer, mandei uma mensagem para Augusto:

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Marieta's era um barzinho bem ao estilo pub inglês, que ficava perto do prédio em que eu morava. Era um ambiente agradável, que podíamos sentar e conversar, cercado por pessoas sofisticadas e educadas, que não ficava tentando te paquerar ou falar mais alto que você. Augusto detestava aquele lugar, segundo ele, ali só tinha héteros que roubavam toda a alegria dele.

De qualquer forma meu amigo não me decepcionou, quando pisei o pé dentro do bar, Augusto estava me esperando em uma mesa no meio do salão com duas garrafas de cervejas artesanais.

– Obrigada por vir – eu disse me sentando de frente com ele na mesa redonda.

– Meu st. Elton John, você deve estar muito na merda para ser assim tão bem-educada – seus olhos azuis arregalados de surpresa estão em mim.

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