Escolha de sucesso

Reconciliação parte 2

Parada ali, pensando no que eu iria fazer, muitos pensamentos passaram pela minha cabeça. Eu não podia negar para ninguém, que a família La Grand era a minha perdição, que mesmo recusando e decidida a manter distância, de madrugada eu acordava molhada de excitação depois de sonhar com eles, e usava de todo meu autocontrole para não revogar minha decisão.

Fixei meu olhar em Otávio, e apenas um nome veio em minha cabeça: Luís. Eu não era a mulher certa para ele, eu não podia esperar que ele olharia para mim um dia, e não podia ativar meu modo sedução com ele, para ter apenas um prazer momentâneo. Meu corpo, minha cabeça e meu coração teria que viver sem ele.

– Eu fico – falei.

– O que você disse? Eu não escutei – Augusto gritou pra mim.

– Eu vou ficar – gritei de volta.

Augusto sorrio e me levou até onde os dois homens estavam.

– Senhorita Saldanha, que prazer em reencontra-la – Gerard me cumprimentou.

– Vocês já se conhecem? – Augusto perguntou.

Gerard olhou pra mim sem saber o que dizer.

– Te conto essa história depois – eu disse.

Não havia problema nenhum contar a Augusto que transei com Gerard, mas o ambiente não era o melhor lugar.

– Um brinde – Gerard propôs. – Aos encontros e reencontros. Venha Otávio, venha brindar conosco.

O jovem La Grand voltou seu olhar para nós, olhou a cada um, e se demorou em mim. Seu olhar pétreo teve conexão imediata com o meu ventre. Se ele soube ou não, eu não sei, mas ele se aproximou, pegando uma das taças.

Depois do brinde eu me afastei um pouco de Augusto e Gerard, mas não me aproximei de Otávio. Havia poucas pessoas ali, muitos homens, poucas mulheres. Talvez se eu tivesse só um pouquinho de sorte, alguns daqueles que estavam ali presente pudesse me acompanhar a um outro lugar.

Passei a observar cada um ali presente, até encontrar o olhar de um homem muito atraente. Pele bronzeada, olhos verdes, e bem musculoso. Seus olhos deixavam claro que ele já tinha me desnudado em seu pensamento. Respirei fundo e ativei meu modo sedução.

– Não faça isso.

Otávio disse em meu ouvido, atrás de mim. Me virei e o encarei.

– Por que não?

– Se você vai dar pra alguém, será eu – ele disse, e seu corpo estava tão próximo de mim, que eu podia sentir a vibração dele.

– Como você pode ter tanta certeza? – Meu corpo já tinha passado do ponto de quente, ele estava praticamente fervendo, mas eu não daria esse gostinho a ele.

– Eu comandei esse corpo a meu prazer tantas vezes, que eu sei exatamente o que ele quer agora – Otávio ostentou seu sorriso safado pela primeira vez. – Não negue, senhorita Saldanha, eu posso sentir sua excitação daqui.

Ele estava certo, estar perto dele fazia minha excitação encharcar minha calcinha e escorrer pelas pernas.

Sem precisar dizer mais nada, seu braço circundou minha cintura, a outra mão puxou os cabelos da minha nuca e nossas bocas grudaram. O cheiro, o toque e o gosto de Otávio La Grand despertaram em mim o que estava dormente a quase duas semanas. E eu não queria saber de mais nada, não importava que ele fez parte de um plano para me humilhar, não queria me lembrar dos dias que se passaram com o mal humor dele e menos ainda, tinha forças para levar em consideração o meu sentimento por Luís. Enquanto o desejo por Otávio me invadia, todo o resto se afastava, e era o que importava.