Do céu ao inferno

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O céu, acho que o paraíso se parece com isso que eu sinto. Essa felicidade sem limite, a sensação de superpoderes, tudo é possível e nada mais importa. Os braços de Luís a minha volta, sua boca em minha pele e certeza de que seu amor era tão grande quanto o meu.

Em meio a beijos e carícias caminhamos de volta ao hotel, o jantar e o encontro já esquecido, agora tínhamos pressa de outra coisa. Eu tinha o Luís ao meu alcance, estava livre para beijá-lo, acariciá-lo, olhar para ele com todo o desejo do meu interior. E seus olhos? Meu Deus, aqueles olhos! Estavam em mim, me adorando, me desejando.

A porta do elevador se abriu no andar do quarto do Luís, nem tinha percebido que seguimos aquela direção. Diante da porta do seu quarto eu parei, precisava me concentrar na realidade, era disso que aquele momento se tratava, concretizar tudo o que sentíamos, eu precisava estar de volta ao comando. Respirei fundo desanuviando minha mente.

– Beatriz, tudo bem? – A voz receosa de Luís soou ao meu lado.

Me voltei para ele aproximando nossos lábios.

– Melhor do que bem – respondi.

Seus beijos eram viciantes, eu já não me via mais sem os lábios de Luís sobre mim, por toda a vida. O cheiro, a voz e o olhar eram elementos que me prendiam mais a ele, como se eu fosse a presa e ele o predador, que tem os elementos mais irresistíveis para me atrair. Como eu pude me manter longe por tanto tempo?

Luís abriu a porta do quarto e me deu passagem para entrar. Entrei devagar, meu coração tão acelerado no peito que parecia buscar uma brecha para sair. O quarto era maior que o meu, com uma varanda grande, além de ser muito organizado, como se não houvesse ninguém dormindo lá nos últimos dias.

Parei perto das janelas da varanda, a meia luz dava ao quarto um ambiente acolhedor e envolvente. Senti os braços de Luís me envolver pela cintura, eu estava de costa para ele. Sua boca desceu da minha orelha ao pescoço, com beijos castos. Minha cabeça girava com todas aquelas emoções presentes.

Me virei para ele, seus olhos azuis estavam grandes e cheios de expectativa e desejo. Retirei seu paletó devagar, deixando muito claro minha intenção, joguei-o sobre o sofá que estava atrás de mim. Me voltei para os botões da camisa, meus dedos tremiam levemente enquanto separava os botões das casas, a mão de Luís na minha cintura também tremia, e sua boca entreaberta me davam a certeza que ele estava tão excitado quanto eu.

Aos poucos a camisa foi revelando o peito alvo e suculento, finalizando o último botão, subi com minhas mãos tocando com as pontas dos dedos pelo seu abdômen, sentindo a delicadeza e o fervor da pele. Retirei a camisa, jogando no mesmo local do paletó. Meus dedos continuaram a explorar aquele tronco tão másculo e envolvente, até chegar num ponto que já não era o suficiente os dedos. Passei então a explorar com a língua, a pele sob os meus lábios era quente, atiçando meus desejos e os gemidos dele me incentivando.

As mãos de Luís saíram da minha cintura e alcançaram o zíper do vestido às minhas costas, seguindo o mesmo ritmo ele deslizou o fecho devagar. Ao terminar, subiu com a ponta dos dedos deslizando por minha coluna, me fazendo arrepiar, até alcançar as alças do vestido. O tecido deslizou pelo meu corpo até o chão, revelando minha nudez coberta apenas pela calcinha negra de seda. Luís me afastou dele, para que tivesse uma visão perfeita. Vi seus olhos brilharem e ele passou a língua sobre os lábios, umidificando a boca seca.

Luís chegou mais perto, suas mãos hesitantes em me tocar, acabou por pousar no meu queixo e guiar minha boca para ele. Seu beijo tinha gosto de adoração. Ele envolve um braço na minha cintura e o outro na minha coxa, me impulsionando para cima até eu estar com as pernas a sua volta. Luís caminhou até a cama, sua boca me marcando no pescoço, como é bom essa sensação!

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