Reunião intima

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Acordei com um pouco de calor, o cheiro amadeirado do ambiente me fazia saber que eu não estava em casa, a qual tinha um cheiro de rosas frescas. Eu não me lembrava onde eu estava, minha cabeça ainda estava tão pesada de sono, que eu também não me importava. Tentei me mexer e só aí notei que havia um outro corpo ao meu lado na cama. Abri os olhos alarmada.

Priscila La Grand estava com uma perna sobre a minha e um braço envolto na minha cintura, e dormia muito tranquilamente. Me levantei devagar para não acordá-la e fui procurar meu celular, vi a hora 6h26min., precisava me apressar se eu não quisesse chegar atrasada na empresa.

Voltei ao quarto e passei a me vesti, perto da cama chamei Priscila, para que ela acordasse.

– Levanta, vamos nos atrasar – eu disse.

– Eu posso te dar a manhã de folga – ela disse preguiçosamente.

– Eu sei, mas prefiro ir trabalhar – eu disse, me dirigindo ao banheiro.

Enquanto lavava meu rosto e me arrumava de uma maneira que parecesse que eu não tinha passado a noite transando.

– Há algo de errado? – Priscila estava a porta do banheiro, ainda nua e me olhava magoada.

– Não, por que? – Eu perguntei sem entender.

– Você está mais fria, distante – ela disse triste. – Você vai usar aquela jogada de não repetir pra cima de mim. Porque eu sei que quando você quer, você repete.

– Priscila, neste momento eu só estou preocupada em chegar no horário no escritório, repetir ou não é assunto para depois.

Passei por ela e terminei de me vesti, fui para a sala e esperei ela se arrumar, enquanto conferia as mensagens no meu celular, havia muitas mensagens do Augusto e duas chamadas perdidas dele. Vinte minutos depois ela sai do quarto, já vestida.

– Pode ir, eu pego um táxi – ela disse emburrada.

– Nada disso, eu prometi te deixar em casa, e é o que eu vou fazer – falei guardando o celular, sem responder ao Augusto.

– Você não sabe se eu vou pra casa, eu posso ir para outro lugar – Priscila disse me desafiando.

– Tudo bem, eu te deixo na porta da sua casa, e de lá você vai para onde você quiser – eu falei, não deixando margem para questionamento.

Saímos da suíte e nas portas douradas e espelhadas do elevador, refletiam a nossa imagem. Eu não dei muita importância a isso, mas Priscila ficou altamente vidrada. Estranhamente ela ficou muito calada, no carro ela me dava as orientações para chegar na sua casa e nada mais.

Ao chegar na porta de sua casa, Priscila ia descer apenas com uma despedida fria e impessoal, mas eu a segurei pelo pulso e fiz ela me encarar.

– Eu só quero que você saiba – eu disse olhando em seus olhos, nossos rostos a poucos centímetros de distância, – que eu me diverti muito na nossa noite, eu não estava enganada quanto o sexo com você, muito obrigada por isso.

– Isso quer dizer que a gente pode repetir? – Ela disse num fio de voz.

– Isso quer dizer que as portas estão abertas, sem previsões – eu disse me esquivando.

Ela saiu do carro, eu não sei dizer se triste, alegre, raivosa ou esperançosa.

Voei até meu apartamento, parei meu carro na entrada e pedi que eles não o guardassem. Quando entrei pelo loft o relógio marcava 7h14min., corri até o banheiro e tomei um banho, ao longe eu ouvia meu celular tocar, sabia que era Augusto, mas eu não podia atende-lo agora.

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