Segundo dia de Cancún

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O jantar se estendeu por mais algumas horas. Eu amava ficar conversando com o Luís, ele aflorava o que era melhor em mim, e alcançar esses limites da minha personalidade estava me deixando satisfeita demais com quem eu era. Mesmo sabendo que de alguma forma eu teria que ter o Luís, nesses momentos de pura conversa eu simplesmente deletava esse fato da minha cabeça e seguia aproveitando o momento com o meu amigo.

A manhã do dia seguinte começou preguiçosa, dormi tanto que quando acordei não sabia se ainda era sábado ou se já estava na hora de começar a trabalhar. O quarto em que estava contava com persianas de blackout, de um tecido de fibra que mesmo bloqueando grande parte da luz solar, permitia que uma gostosa iluminação adentrasse no quarto, deixando o ambiente a meia luz permitindo que a gente se sentisse aconchegado.

Fiquei um tempo deitada, após acordar, meus olhos correndo pelo quarto, sem que minha cabeça pensasse em alguma coisa. Quando enfim meu corpo desistiu da preguiça eu me levantei, abri a persiana e fiquei na varanda apreciando a vista. O sol brilhava forte, mas sem que estivesse quente o suficiente para sentir calor, o vento com cheiro de mar batia forte na pele, fazendo arrepiar cada fio e reavivar o corpo e a mente. As cores vibrantes da paisagem me fizeram ter vontade de aproveitar cada pedacinho daquele lugar.

 As cores vibrantes da paisagem me fizeram ter vontade de aproveitar cada pedacinho daquele lugar

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Corri ao banheiro e me arrumei para uma manhã na praia. Eu pus na mala sete tipos diferentes de roupa de banho. Para este primeiro dia eu escolhi um sunquíni preto, a parte de cima de manga ombro a ombro e com babados, e a parte de baixo até a cintura com as laterais vazadas por tiras de tecido. Não escondia muito do meu corpo, mas não revelava mais do que o necessário. Coloquei uma saída de praia, uma saia de renda, óculos, chapéu e uma bolsa, onde pus o que precisaria para aquela manhã, celular, livro, protetor, toalha, etc.

Como no relógio ainda marcava 9h20 da manhã, desci ao salão do hotel para tomar meu café da manhã. Se Luís tivesse realmente seguido os planos que ele fez, nessa hora ele já estaria andando pela cidade.

Às dez horas eu já estava perfeitamente instalada numa espreguiçadeira, debaixo de um guarda sol, apreciando agradavelmente as ondas batendo na areia branca. Passei longos minutos olhando aquele movimento, minha mente em branco, o que permitiu que meu corpo enfim achasse sossego. Quando enfim saí do meu transe, levantei e decidi dar um mergulho. Andando até a água do mar, eu sei que as pessoas em volta encaravam meu corpo, eu já estava acostumada, não me importei com isso. Ao sentir a água gelada batendo na minha pele, me arrepiei, e uma pontinha felicidade surgiu no meu interior, um sentimento que só quem viveu sabe. Mergulhei de uma vez em águas mexicanas. Senti todo o peso do último ano ser tirado das minhas costas, me senti relaxada, leve e forte de novo. É, eu precisava dessa viagem mesmo.

 É, eu precisava dessa viagem mesmo

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