Quando o trabalho fica mais prazeroso

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Dizer que as coisas no escritório continuavam a mesma de sempre, era uma mentira. O clima no ambiente era uma mistura de tensão e descontração, como isso é possível? Fácil. Walter e Priscila pareciam muito mais com Luís agora, apesar que a senhorita ainda tinha momentos de "mimadice", deixando o ambiente alegre. Já Otávio permanecia mal-humorado, sendo o senhor das trevas sempre que chegava, levando toda alegria consigo, era muito divertido ver.

– Bom dia, senhorita Saldanha! – Priscila me saudou assim que saiu do elevador, com brilhante e luminoso sorriso.

– Bom dia, senhorita La Grand! – Respondi menos efusiva, mas igualmente educada.

Logo atrás estavam Luís e Walter, o jovem La Grand ria divertido do jeito descontraído da irmã, já o mais velho tinha os olhos maliciosos e um sorriso frouxo nos lábios.

– Bom dia, Beatriz! – Os dois me saudaram.

– Bom dia, senhores! – Respondi.

Priscila e Luís também saudaram Gabriela, que ficou desconcertada, Walter apenas acenou em cortesia.

O ato da última terça-feira com o sr. La Grand não se repetiu, não que não tivesse oportunidade, porque Walter sempre as criava, seja revisando relatórios, ou escrevendo novas cartas, sempre depois do expediente. Mas eu queria torturar ele até o meu próprio corpo pedir rendição. Assim como aconteceu nessa manhã, quando cerca de trinta minutos depois que Walter chegou me chamou em sua sala para revisar os tópicos da reunião da semana seguinte.

Me sentei em sua frente como sempre fazia, neste dia tinha ido com uma blusa de alcinha, sem sutiã, mas coloquei uma proteção no bico do seio para ele não ficar aparecendo, e durante todo o tempo em que fiquei em sua sala Walter olhava para os meus seios, na certa se perguntando se eu estava de sutiã ou não. Sua boca salivava, eu sei, isso me arrepiava inteira.

– Senhorita Saldanha, pode revisar esse requerimento, por favor? – Walter me pediu assim que terminamos de repassar a reunião.

O requerimento estava em seu computador, mas ele não levantou para que eu pudesse me aproximar para ler. Tive que me inclinar sobre sue ombro, ficando muito próximo a ele. Pude notar duas coisas nesse momento, sua respiração estava pesada e havia um grande volume entre suas pernas. Fiz o possível para não demonstrar que também estava afetada por ele, e li o que ele tinha escrito.

Senti, quando já estava finalizando a leitura, o nariz de Walter correr pela pele do meu pescoço, me fazendo arrepiar ainda mais.

– Você tem um bom cheiro, senhorita, um cheiro viciante – sr. La Grand fala aos sussurros.

– Obrigada, sr. La Grand – voltei meu rosto para ele, e agradeci, nossos narizes se tocando e nossos lábios muito próximos. – Está muito bom o requerimento, me envia que faço a distribuição.

Ajeitei minha postura e me afastei dele, que ficou decepcionado.

– Posso ajudar em algo mais? – Perguntei. Walter apenas olhou para baixo, para o meio de suas pernas, eu ri. – Então, eu vou terminar meu trabalho na minha mesa, até mais, Walter.

Priscila não me questionou mais sobre o meu estilo de vida, agora ela aceitava o fato de que eu era mais parecida com ela do que ela achava.

O telefone da minha mesa tocou assim que Gabriela saiu para o seu horário de almoço, era do ramal da senhorita La Grand.

– Pois não, senhorita – atendi com polidez.

– Beatriz, tem planos para o almoço de hoje? – Ela me perguntou descontraída.

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