dois

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Hope

Sorrir ao sair do avião. México!

- Hola, México, llegué! - falei comigo mesma.

Meu espanhol não é dos melhores, mas comparado a anos atrás, está uma jóia. Agora irei colocar em prova toda hora.
Peguei um táxi até o endereço que foi passado, o "alojamento". Pelo o que entendi, o taxista disse que o bairro não é dos melhores. Exatamente por isso que estamos aqui, para melhorá-lo de certa forma. Paguei o taxista, um senhorzinho bem simpático.

Uma casa de dois andares. Bem típica por aqui, olhando em volta e de modo geral. Gostei das flores flores na frente.

Ao entrar, algumas pessoas estavam a minha espera. Homens e mulheres dividem a casa. Quatro quartos, duas pessoas em cada, dois banheiros, uma sala grande, cozinha da mesma forma, um mini escritório, quintal médio com flores mesas e bancos.

Apresentações feitas, nem todos estão por aqui, mas uma em especial foi...como posso dizer? Épica. Gabrielle. Gabi, me olhou feio de cima a baixo e me chamou de veau de pute, puta vaca traduzido do francês. Um elogio desses e o dia ainda está no seu pico.

- Oh! Muito prazer fofinha. - sorrir o mais espontânea possível.

A minha sorte é tanto que será com ela que vou dividir o quarto.

..

Os dias se seguiram, no segundo após minha chegada fui conhecer a escola em que darei aulas. Todos os dias darei aulas a crianças, dois dias na semana à noite darei aulas a adultos. Dessa vez escolher essa área diferente das outras vezes. Fiquei bem mexida da última vez.

- Hey! Está falando com quem? - Raul um dos voluntários perguntou entrando no meu quarto.

- Oi, Raul. Já estou quase terminando. - peguei l babyliss.

- Não tem pressa. Annette entrou no banho agora. - sentou-se ao meu lado - Eu te ajudo.

- Não vai queimar o meu cabelo, né? - perguntei rindo.

- Não se preocupe. Fazia no cabelo da minha irmã.

- Fazia?

- É.

Raul pareceu triste ao falar da irmã, então não insistir.

- Então, onde vamos?

- Está rolando campeonato de luta livre.

- O que? Tipo briga de verdade, com socos, murros e ponta pés? - ele riu.

- Sim. Não entendo muito disso. Mas parece que vai ser legal.

- Deve mesmo, aquela testosterona toda. - sorrir imaginando a cena.

- Pensei que tivesse namorado. - olhei para ele pelo o reflexo do espelho na minha frente.

- Por que pensou isso?

- Não quero parecer fofoqueiro, mas olhamos o seu registro e lá tinha...

- Está falando do Henry?

- É recente de qualquer forma.

- Sim. Mas não temos mais nada.

- Ele está por aqui. - me virei rápido demais, o que me fez bater no babyliss.

- Aí!

- Cuidado.

Henry é um ex namorado que conheci a um meses atrás, nos conhecemos e começamos logo a namorar, não deu muito certo já que eu fazia parte da sua bigamia. Eu gostei de verdade dele. Foi a uns quatro meses atrás.

No ringue com o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora