vinte e quatro

16 2 0
                                    

Hope…

Sentir um cheiro familiar. Olhei em volta não encontrando ninguém que eu conheça. Arrumei a alça da bolsa no ombro, antes de atender uma ligação, que na verdade não era ninguém, assim que atendi, desligaram. Ódio disso.

— Está pronta, querida? — sorrir para tia Luíza. Esse é seu último dia dela aqui e passamos a semana inteira juntas, fui seu braço direito, lhe ajudei em praticamente tudo o que me causou encontros com Isac, mas era coisa rápida, sempre parecia que ele não suportava passar um minuto na minha presença e de algo forma foi bom.

— Sim. Vamos. — ela enlaçou o braço no meu.

Fomos em um restaurante perto do hotel em está hospedada.

— Hope querida, estava pensando, na verdade conversei com as pessoas, Raul principalmente e  seus resultados aqui no México, Estou insolente sei que você faz seu trabalho com o maior amor e cuidado e Estou insolente sei que você faz seu trabalho com o maior amor e cuidado e as crianças te adoram. 

— Sim. — sorrir um pouco sem jeito.

— Então, mexer alguns pauzinhos e o que acha de ficar permanente aqui no México?

Adoro o meu trabalho,  ajudar as pessoas principalmente as crianças, eu amo crianças e ter a oportunidade de criar raízes no lugar e continuar fazendo o meu trabalho sem a instabilidade de mudar a cada semestre.

— Está falando sério?

— Sim.  a papelada já está em andamento para que você fique, mas será um pouco diferente, meu amor. Você ficará no início responsável por dar aulas em um dos orfanatos , depois de um tempo você pode ver uma casa apartamento, algo assim, mas seu  cargo será de professora, que sei que é uma coisa que você adora estar em contato com as crianças. Sabe como funciona.

A conversa se seguiu e foi de encher meu coração de alegria, depois que nos despedimos, a primeira coisa que fiz foi ligar para minha mãe e contar as novidades.

Semanas  depois…

Respirei fundo de rendendo a respiração na tentativa de entrar no vestido.

— Droga!

— É como ver uma luta de mma. — Gabi disse. Ela está deitada na cama, as mãos atrás da cabeça.

— Não quis dizer boxe?

— Não sua piranha. — parei o que estou fazendo para olhar para ela. — O que? Ofendi seu ego?

— Você é uma louca.

— Ah, me poupe. Entendi a referência. — ela se levantou se sentando na beirada da cama, tirei o vestido logo escolhendo outro. — Vou te falar uma coisa, você é como qualquer outra pra ele ou seja, não vale nada.

Rir.

— Então isso vale pra você também.

— É. Vale pra mim, sabe porque? Porque eu quis estar com ele, eu amei ele mesmo tendo todos os sinais de que ele não me queria, que a única coisa que estava bom pra ele era porra da minha buceta.

— Então deixa eu ver se entendi, Gabi. — Me encostei na cômoda, cruzei os braços. — Está me dizendo que com tudo isso e mente, mesmo estando “consciente“  ainda assim você  age como se fosse louca de amor por ele? Um amor extremamente doentio?

Gabi ficou calada, parecendo refletir. Depois disse:

— Se eu não posso ter ninguém pode ter.

— Então está dizendo pra pessoa errada querida, porque eu — toquei com ponta do dedo no meu peito — não estou com ele. Nunca estive, nosso vínculo é muito maior que a gente, é familiar e isso não quer dizer nada.

No ringue com o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora