vinte e seis

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Hope…

Acordei no meio da noite, na verdade são quase cinco da manhã, tive um sonho. Toquei meus lábios com as pontas dos dedos, imitando a pressão dos seus lábios nos meus, suas mãos deslizaram pela lateral do meu corpo lentamente, nas pernas e voltando pelas coxas entre minhas pernas. Sua respiração ofegante, desenfreada no meu ouvido. Soltei um suspiro quando seus dedos entraram sob a bainha do meu short, deixando um rastro quente onde toca. E foi aí que acordei. Foi tão real. Me remexo na cama procurando meu celular debaixo do travesseiro. Desbloqueei logo clicando no Instagram, o procurei entre as pessoas que sigo.
É algo bem idiota, mas não consegui me conter. Mordi o lábio lembrando do sonho e da única vez que ficamos. Esfreguei as coxas uma na outra, na tentativa de aliviar o formigamento bem no centro delas.

O dia se seguiu arrastado e não conseguir me livrar das sensações que o sonho me deixou. E para piorar e ele não sair da minha cabeça, o dilema dele com Lara ainda está em pleno curso. As informações vinham de todos os lados, Mia e Miguel. Tenho que fazer alguma coisa, para mudar isso. Mas com a ideia que acabei de ter, talvez piore. Mas não custa tentar.

Procurei nos Contatos o número do Pietro. Fiquei alguns segundos olhando para a tela, o dedo suspenso pronto para clicar. Mandei mensagem.

— Oi! Então…
Eu queria te pedir um favor.

Esperei visualizar, o que não demorou muito considerando que ele é um cara bastante ocupado.

— Oi, Hope!

— Acho que você já sabe da briga do Isac com a Lara, ninguém está conseguindo fazer o Isac pelo menos reconhecer que pisou na bola, ninguém quer te pedir isso por que vocês não se dão bem.
Mas eu tô pedindo.

Os pontinhos ficou se mexendo e eu quase infartei. Ele deve estar me achando uma intrometida, sou mesmo.

— É complicado.

— Eu sei. Mas como te falei, você é a última alternativa.
Será que  pode vim? — não tive resposta então falei — Eu vou tentar falar com ele amanhã, se você resolver vim me avisa.

— Eu até iria mas você sabe, até hoje ele não quer olhar na minha cara.

— É sua chance de quem sabe se resolverem.

A resposta demorou vim.

— Tudo bem.

Dei um pulo, comemorando.  Ficou combinado de quando ele chegar,  depois que se instalar em um hotel, irá me mandar mensagem e a gente combina de ir junto lá no apartamento do Isac. Uma loucura? Sim. Mas é uma loucura para um bem maior. Assim todo mundo sai feliz. Pelo menos estou contando com isso.

No dia seguinte…

Não estou nervosa, a minha mão está suando um pouco, um certo calafrio na nuca, mas nada de tão nervosa. Combinei de me encontrar com Pietro aqui de frente o prédio que Isac mora,  já faz uns 15 minutos, quando ele mandou mensagem eu já estava pronta esperando e peguei um táxi para ser mais rápida e aqui estou.
Ele saiu do táxi e logo me avistou, sacudir a mão chamando sua atenção.

— Me desculpa por te meter nisso. Deve estar achando que sou uma intrometida.

— Não estou. — nos abraçamos rapidamente. Ele olhou para cima, para o prédio.

— É no quinto andar. — apontei para em direção ao elevador.

— Vem muito aqui?

— Não. Só vim aqui algumas vezes. — entramos no elevador, apertei o botão do quinto andar.

No ringue com o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora