quarenta e cinco

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Hope…

Chutei os tênis no canto e fechei a porta, Gael gritou descendo as escadas Isac logo atrás rindo.

Minha cabeça está me matando.

— Oi, você chegou! — Isac veio até mim, me abraçou, logo Gael se juntou a gente nos agarrando pela as pernas.

— Como foi na escola, querido? — peguei-o no colo, Isac pegou minha bolsa.

— Bom.

— Bom como?

— Bom. — deu de ombros rindo. Olhei para meu namorado que está rindo também.

— O que aprontaram?

— Nada. — Isaac deu de ombros rindo. — Está aparecendo cansada.

Revirei os olhos.

— Porque eu estou.

Gael colocou o dedinho sobre os lábios fazendo um barulhinho de “não conta nada”.

— Não vou perguntar de novo o que aprontaram, mas saibam que quando eu ficar sabendo, vou ficar muito brava.  — os dois riram e eu fiquei mais irritada.

… mais tarde.

Minha cabeça não passou a dor, tomei remédio mas não deu certo, um pouco de alívio, mas apenas isso.

— Já estou indo. — Isac disse entrando no quarto. Balancei a cabeça. Ele estava colocando Gael para dormir, é a rotina de todos os dias, mesmo quando dorme no seu apartamento.

— Foi rápido hoje.

— Ele estava cansado.

— Clara que estaria, ficou o dia inteiro com você na academia, como não estaria cansado.

Acabei de dar uma olhada nas mensagens e e-mails que deixei para depois e um deles era mensagem da professora, Gael não apareceu na escola e ela mandou mensagem perguntando o motivo.

— Eu posso explicar. — acredito que tenha uma boa explicação, um bom motivo. Porque eu me lembro que deixei ele pronto terminando de tomar café com você antes de ir pro trabalho.

— Amor, ele… — Isaac se aproxima com cautela, continuei olhando para ele irritada. — Eu sei que eu deveria pelo menos ter dito, mas foi coisa de momento. Não planejei. Não planejamos.

— Essa é a explicação que você disse que
tinha?

— Meu amor…

— Não Isac, isso não foi legal de fazer. Você não pode fazer todos os as vontades dele. Não quero ir pra escola, não vai para escola. não quer ir ao dentista, não vai ao dentista. não quero tomar uma banho, não vai tomar banho. Ele é uma criança precisa de disciplina, responsabilidade e acima de tudo a guarda dele é temporária, qualquer deslize nosso alguém pode tirar ele da gente, você entende isso? — minha voz já foi logo embolando.

— Eu sei.

— Não parece.

— Eu só queria um dia legal pra gente.

— É para isso que serve os finais de tarde, os finais de semana, Isac.

— Você está certa.

— Eu sei que estou parecendo rigorosa, inflexível. Eu sei, mas eu não quero correr o risco perder ele.

— Desculpa por agir no impulso numa coisa que deveria ser pensado 1001 vezes. Desculpa. Não vai mais acontecer e se caso acontecer, pelo menos eu te ligo pra você tenta me fazer desistir.  — rir fungando um pouco. Nos abraçamos. — Não é só isso que está te preocupando, não é?

No ringue com o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora