vinte e dois

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Hope…

Me despedir da minha mãe ao telefone assim que cheguei no alojamento, com a com as compras da semana.

— Você me parece um pouco fechada. — Meu amigo falou ao me ajudar a desembalar as compras.

— Não. Quer dizer... — Me encostei no balcão da cozinha — Só que essa semana está complicada.

— As pessoas estão pegando pesado com você, não é?

— Pois é. Mas faz parte. — dei de ombros.

— Sinto muito por isso.

— Você não tem culpa, mas obrigada pela preocupação. Você é ótima pessoa sabia?

— Eu? Imagina só estou fazendo o papel de ÓTIMA PESSOA! — rimos.

Terminamos de organizar as compras e assim que saímos da cozinha trombamos, eu especificamente, com Lucrécia que me olhou com cara feia.

— Até quando vai ficar com isso?

— Eu não falei nada garota.

— Não me chame de garota. Meu nome é Hope. — Lucrécia me olha de cima baixo e seguiu o caminho para a cozinha.

— Deixa isso para lá! — Raul falou me puxando pela cintura.

— Já estou de saco cheio de verdade. Paciência tem limites.

— Paciência tem limites? A nossa com você já estar acabando sua Patricinha mimada. — Gabi falou parando bem na minha frente.

— É melhor você sair da minha frente antes que eu arrebente isso que você chama de cara. — Ela riu. Avancei para cima dela, mas Raul me segurou me puxando para trás.

— Calma não vale a pena.

— Ela só faz isso, porque o aviso da dona da ONG foi só para mim. “Tente conter seus impulsos”. Com essa aí pode colocar colocar fogo na gente e ainda recebe uma medalha de honra.

— Já está falando merda hein Gabielle.

— Agora verdades tem outro nome?

— Vocês podem falar o que quiserem, mas não podem anular o meu trabalho.

— Não? — Gabi cruzou os braços.

— Já chega! Você cala a boca! — Raul falou apontando o dedo para Gabi, no segundo seguinte, me jogou sobre o ombro me tirando dali.

Essas acusações infundadas estão me tirando do sério, essa foi a segunda discussão que eu tive com Gabrielle só hoje.

Raul só me colocou no chão quando estávamos praticamente no final da rua.

— Da para me colocar no chão?. — Assim ele fez. Passei a mão na minha blusa tirando o amarrotado. — Você concorda com isso?

— Claro que não. Eu te conheço e conheço as normas da ONG, sei que ninguém aqui é melhor do que ninguém. É só não levar ao pé da letra, só estão com ciúmes de você está tendo contato direto com a dona Luiza. Não se preocupe eles vão esquecer.

No ringue com o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora