No ringue com o amor

quarenta

Hope

Me espreguicei ao descer do carro da Mia. Finalmente os dias passaram e o casamento vai ser nesses próximos dias. Estou aqui em Nova Iorque para a despedida de solteira dela. Será uma coisa não muito agitada, já que ela está grávida, se não tivesse, também seria, afinal, as louças da família são eu e Lara. Rir com esse pensamento e as duas olharam para mim.

— Ela é louca, irmã. — lara disse pegando sua mala.

— E eu não sei.

— Estou ouvindo.

— Não é segredo nenhum. — as duas disseram ao mesmo tempo, riram. Rimos.

Os dias seguintes foram extremamente incríveis, estava precisando da companhia de pessoas que não estão no meu ciclo social diariamente, eu gosto de ser voluntária, de trabalhar com o que eu trabalho, amo na verdade. Trabalhar com o que eu trabalho é o amor da minha vida, eu não viveria sem esse meu estilo de vida, não trocaria por nada no mundo, mas escapar por um ou dois dias é incrível, é como me recarregar, isso também é por estar perto da minha mãe, minha mãe também veio para a despedida de solteira. O casamento do meu irmão está sendo o evento do ano, todos os nossos familiares estarão reunidos, uma coisa bizarra, por que somos uma família unida, não estou falando que não somos, mas não somos tão próximos quanto éramos antes, eu acho que quando nos tornamos adultos cada um vai construir a sua vida, sua história e isso consequentemente nos afastam. A despedida em si, foi leve, como eu falei a pouco. Os primeiros momentos foi uma coisa mais família recatada, foi apenas os íntimos os irmãos amigos próximos, E as nossas mães, fomos para o spa, fazia anos que eu não tinha um dia de spar, foi a coisa mais sexy e todos os tempos que eu vivi pelo menos. Relaxada até a alma.

Mais tarde no mesmo dia fomos num barzinho com direito a striptease, sim. Porque despedida de solteira sem Stryper, não é uma despedida.

…

De volta a Cidade do México, Isaac nos buscar no aeroporto.

— Como foi lá meninas?

— Como foi lá?

— eu não acredito que estou vendo isso. — Lara disse fazendo uma careta de nojinho.

— O que? — eu Isaac perguntamos ao mesmo tempo.

— Essa coisa de vocês ficarem se agarrando só com esses olhos e essas palavras que não tem nada a ver com você agarrar.

— E você disse que eu sou louca. — falei rindo olhando para meu namorado. Ela tem razão. Estamos nos agarrando sem está nos agarrando.

Deixamos Lara na casa dela e fomos direto para a minha. Assim que abrir a porta sentir os braços do Isac em mim, me abraçando por trás. Saiu um gemido estrangulado da minha garganta quando sentir seus lábios quentes e úmidos no meu pescoço, sua língua deslizando na minha pele.

— Sentir sua falta. — sua voz saiu abafada no meu pescoço, joguei os braços para trás tocando seus cabelos, nuca e ombros.

— Eu também. — me virei de frente para ele que foi logo me beijando. Com as mãos na minha cintura ele me deu impulso para cima, prendo sua cintura com as pernas, ele já estar duro, me precioso nele e nos gememos. Fomos para o sofá, as roupas quase magicamente foram para jogadas num canto.

Isac empurra para dentro de mim devagar, tão gostoso num ritmo desacelerado me deixando louca. Sua boca na minha, faminta, urgente enquanto continua num ritmo que não vou aguentar por mais tempo. Peço que ela vá mais rápido e que não pare por nada, mas ele não aumenta o ritmo. Ergue meu joelho, empurrando ainda mais fundo dentro de mim dizendo para eu ter calma, mas não da. Nessa velocidade é uma tortura de tão delirante e gostosa. Me pressiono com mais força nele até não aguentar,  rosno de frustração e prazer e finalmente chego lá.

… dias depois….

Corri para abraçar meu pai, que me girou no ar me chamando de princesa. Sorri encabulada.

— Princesinha do papai. — Stanley zombou de mim. Revirei os olhos e lhe mostrei o dedo do meio discretamente para ele. — Viu isso pai? Ela acabou de… — lhe dei um soco na barriga, ele gemeu de dor se curvando.

— Também sentir sua falta, sua nanica.

Quando minha família estão juntos é um caos. Eu amo isso. A tarde foi a coisa mais insana comparada a todos os cinco juntos, no final dela, fomos só os quatro para uma “despedida de solteiro” só a gente. Fazia um tempo que não saímos só a gente. É tanta novidade pra contar, cada um, que falta tempo.

— Você está estranho. — Roger apontou para si mesmo. — Sim. Parece que está com a cabeça em outro lugar.

— Ele estar. — Stanley empurrou o seu ombro no dele — Miguel deu um de cupido.

— O que?

Dom riu. Fui a última de nós a chegar, então muita coisa já aconteceu e eu perdi.

— eu não sei, só que... Não tem como explicar uma coisa dessas. Vocês entendem? — Olhei para os meus irmãos e eles estão com a cara de “entendemos”.

— está de brincadeira não está? Acabou de conhecer a garota. — Ele revirou os olhos.

— Não estou dizendo que amo ela, que estou apaixonado. É só que foi uma conexão. Só isso.

— E você? A sua coisa com Isac. — Dom perguntou usando o tom de irmão mais velho.

— O assunto aqui não sou eu.

— O assunto aqui é todos nós. — Stanley afirmou com certa convicção.

— Ta bom, se o assunto aqui é todos nós e você quando é que vai caí casar? Há quanto tempo está enrolando a nossa maggie?

— Eu já falei, que eu vou me casar com ela quando ela quiser só pedir em casamento antes, pra garantir que ela não fugisse, que não perdesse o amor da minha vida.

— Quem diria que você é o mais esperto da gente. — ele riu dando de ombros.

— Pois é. — deu um gole na sua bebida. — Ela que não quer casar agora. Que esperar mais um pouco. Eu faço tudo que ela quiser, tudo que ela pedir que a deixe feliz, eu farei.

…

Acabei de receber uma mensagem do Isac, dizendo que já está vindo. Ele vai fala com meu pai, tipo pedir minha mão a ele. Eu fiquei tipo, “vai ganhar pontos com meu pai” quando ele disse que faria isso pessoalmente.