No ringue com o amor

onze

Isac

Canadá..

Acabei de sair do táxi a viagem até o Canadá foi bem tranquila, entrei no prédio e fui até o elevador, entrei, apertei o botão do andar do   apartamento da Lara,cruzei os braços e alguns minutos depôs a porta abriu, sai do elevador, fui até a frente da porta da casa dela, peguei a chave no meu bolso e desntranquei a porta, Lara me deu a cópia da chave da casa dela da última vez que estive aqui.

Entrei, achei a porta, a sala estava uma bagunça, o que já posso prever que a Lara  não está bem, ela não deixa nada bagunçado.

— Lara? — chamei pela minha irmã mas não obtive sucesso. Caminhei em direção ao quarto dela, escutei um choro, olhei dentro do quarto e vi a Lara deitada na cama abraçada em um urso de pelúcia chorando — Lala não chora. — me aproximei dela e coloquei a mão em seu ombro. Ela olhou para mim.

— Isac. — ela se sentou rapidamente na cama e me abraçou ainda chorando.

— La, não fica assim eu tô aqui com você. — passei a mão mas costas dela fazendo carinho, aos poucos o choro diminuindo se afastou um pouco.

— O que veio fazer aqui? Tipo, faz algumas semanas que passou o nosso aniversário aqui, você não vem com tanta frequência assim. — realmente  eu não venho com tanta frequência para o Canadá.

— Eu vim te vê. Passar uns dias com você, descobri que você não pode ser mãe e não está  bem, por que não me disse nada Lara?— questionei a minha irmã que me olhou por um momento e sorriu.

— Eu tava com medo. — ela afirma, pega a almofada e coloca em cima das pernas.

— Medo do que?

— De como você iria reagir, eu não posso engravidar e se você tiver o mesmo problema? Tipo não poder fazer filhos? — Lara diz preocupada e segura na minha mão.

Olhei para o lado por um momento, eu não tinha pensado nessa possibilidade.

— Não fica assim Lara, somos um pelo outro, lembra?— lhe mostrei a pulseira no braço, que usamos igual que tem um pingente que completa quando juntamos eles.

— Como podia esquecer? —Ela deu um sorriso fraco.

— Eu fiquei chateado por você não ter me contado, mas...—  olhei para a minha irmã gêmea com o rosto inchado de tanto chorar — Me conta o que aconteceu exatamente.

— Bom, eu não tava me sentindo bem e fui no médico para saber o que eu tinha, fiz uns exames e  veio essa bomba, que eu não posso engravidar. — ela disse e secou uma gota de  lágrima que caiu dos olhos dela.

É difícil vê-la desse jeito e não poder fazer nada para amenizar.

— Procurou uma segunda opinião?

— Esse médico é de confiança mas, vou procurar uma segunda opinião.  - confirmei com a cabeça.

— E você e o Josh? Quer dizer como ele reagiu a isso, vocês estão juntos, né? — ela balançou os ombros e olhos para as próprias mãos.

— Não tem eu e o Josh. Não estamos juntos, ele até que entendeu mas,  eu pedi um tempo para pensar, sabe, você estava certo ele não é para mim, não do jeito que eu quero. — ela olha para mim por um momento — Eu quero alguém que me ame de verdade.

— Alguém igual o Daniel te amou? — Perguntei e ela confirmou com a cabeça. Daniel foi o namorado dela que todos aceitaram ele de cara, a entendia eles se amavam de verdade era para a vida toda, mas o câncer o matou.

— Não precisa ser igualzinho mas, que não olhe para outras mulheres com segundas intenções quando estiver comigo sabe?

Aquele Josh filho dá mãe! Quando ver ele, vamos ter uma conversinha.

— Sei sim.

A puxei para meus braços.

.....

Estava deitado no sofá da a sala da Lara, com ela deitada no meu peito e eu estava fazendo carinho nos cabelos dela, enquanto a gente assistia uma série na televisão, quando alguém bate na porta.

—  Isac. — ela olhou para mim com cara de pidona .

— Está bem. — me levantei do sofá indo até a porta e era o Josh.

— Isac? — ele parece surpreso quando me viu.

Se eu socar ele agora, vai ser como…

— Josh, o que você quer no apartamento da minha irmã ?

— Quero falar com a Lara. — ele parecia empolgado.

— Ela quer ficar sozinha agora, volta outra hora. — disse firme nas minhas palavras.

— Ela está bem?

— Melhor você ir. - apontei com o queixo para o corredor. Ele baixou a cabeça.

— Está bem. — ele diz um pouco chateado e saiu.

— Babaca. — disse apos fechar a porta e me juntar novamente a minha irmã no sofá, que agora estava com um controle de vídeo game nas mãos, ela me entregou um controle.

— Pronto para perder? — ela me olhou com um sorriso maroto no rosto.

Foi uma boa  ela ter vindo.

— Quem vai perder aqui é você Larinha.

— Vamos ver quem vai perder!

Ela me chutou.

Como eu sinto falta dela todo dia.