treze

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Hope

Hoje durante todo dia, minha cabeça estava a ponto de explodir. Acordei já sim, tomei alguns analgésicos mas não funcionou. E já são 4h00 da tarde e não passou.

E como o fogo no cu do Raul é eterno, estou eu e mais uma galera todos reunidos, uns para encher a cara, outros para pegação, outros para fazer novas amizades e outro só para comer, no meu caso só para passar raiva, já que o Henry acabou de chegar, meu ex.
Ele sorridente como sempre, cativou quem não conhecia e mais ainda quem já o conhecia.

— Hope! O que está fazendo aqui? - ele me abraçou.

— Oi, Henry. Eu… - ele me olhou de cima abaixo e me abraçou de novo — Como eu ia dizendo, trabalhamos com a mesma coisa praticamente. Então se você está aqui como voluntário, eu também estou.

Ele riu, gargalhou.

— Tinha esquecido do seu humor!

— Memória curta é um problema. - falei tirando o braço dele cima do meu ombro.

— E outras coisas também! — Raul disse fazendo todo mundo rir. Fiquei do lado do meu amigo.

A conversa continuou, entrando assunto saindo assunto, chegando bebida acabando a bebida e assim se seguiu. Em um momento chamaram meu nome.

— Hope? - Henry me chamou no canto.

— O que você quer Henry?

— Notei que está arisca hoje. - cruzei os braços.

— Não se sinta especial. Hoje não está sendo um bom dia pra mim.

— É disso que estou falando. - mexeu no meu cabelo, me afastei.

— O que você quer?

— O que tivemos foi legal. Estamos aqui no mesmo país na mesma cidade, de novo. – ele se aproximou.

— O que isso quer dizer?

Deus que ele não tente nada.

— Te ver hoje…Hope eu te quero de volta.

Tá.

Ele realmente disse isso? Ou melhor, ele acha que não tenho amor próprio? Eu tenho. Dignidade e vergonha na cara as vezes não uso, mas amor próprio sempre.

Comecei a rir. Não conseguindo me equilibrar com a crise de riso, me segurei nele.

— Não era pra ser engraçado!  - pareceu chateado.

— Não? - respirei fundo tentando me controlar – Entendi errado.

— Já deu, Hope.

Abracei dando tapinhas nas suas costas.

— Eu estou bem.

— Entendi.

— O problema não é você. - é ele sim – Quer dizer, o problema foi você. Suas atitudes e tudo mais, mas eu cansei de me darem pouco, Henry. Se a pessoa não estiver comigo 100%, ela que procure outra, pois espero o mesmo tratamento que dou. - ele balançou a cabeça a baixando em seguida.

No ringue com o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora