03| giulia

5.9K 468 142
                                    

Nosso amor é areia movediça
Tão fácil de afundar. . .
dying, hole

G I U L I A Z A R B A

G I U L I A     Z A R B A

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

📌Los Angeles, EUA.
02 de janeiro, 2021 | 10:46 a.m

Respirei fundo antes de pisar no gramado do cemitério

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Respirei fundo antes de pisar no gramado do cemitério.

As rosas brancas e vermelhas enfeitavam as cadeiras e o local, junto ao som do trompete que ecoava pelo cemitério.

Todos os olhares se direcionaram a mim enquanto caminhava até o local mais próximo dos meus irmão.

- Olá. - falei me sentando entre eles.

- Como foi a viagem? - Troy sussurrou ignorando as palavras do padre à nossa frente.

- Legal, Michel estava estranho mas dormiu o tempo todo. Eu li um livro e escrevi uma matéria para a vogue. - dei de ombros.

- Essa festa parece um velório. - Bernardo comentou segurando o riso. - Desculpa, eu não aprendi a lidar com a morte.

- Às vezes você é inconveniente, amor. - Charlotte encarou meu irmão balançando a cabeça positivamente.

- Gente aquela é a tia Olga? - Troy falou chocado. - Botox faz milagre!

- Demorei? - Lydia perguntou se sentando atrás de mim.

- Sim. - meus irmão falaram juntos.

- Cheguei não tem nem dez minutos! - respondi. - Nunca vi um padre falar tão devagar. Alguém viu o Timothé?

- A Dezi levou ele ao banheiro. - Troy me encarou.

- Tem como vocês fazerem silêncio? Lydia e Bernardo desliguem os celulares! - meu pai chamou a nossa atenção.

Meu pai se levantou com Emma e foram até o caixão, fizeram uma oração e voltaram.

- Nossa vez. - meu irmão mais velho se levantou pegando na minha mão.

Suspirei segurando as lágrimas e caminhei até o caixão.

- Eu falei que deveríamos ter colocado uma peruca rosa nele, ia ser estilo e ainda resolveria o problema com calvície. - Bernardo disse de cabeça baixa. - Desculpa.

- Essa foi foda. - ri mas logo abaixei a minha cabeça também.

- Vocês são terríveis. - Troy sorriu arrumando a sua postura.

. . .

Acendi um cigarro e apoiei minha cabeça no ombro de Michel.

- Todo mundo nessa família fuma? - perguntou encarando o local, onde a maioria das pessoas estavam com um cigarro.

- Não reclame, você também fuma! - bati em seu ombro.

- Vai querer? - Lydia jogou uma cartela de remédio para dor de cabeça na mesa.

- Obrigada.- Bernardo falou levando um comprimido até a boca

- Então, como foi na Alemanha? - encarei meus irmãos.

- Berlim tem mais pontes do que possa imaginar. - Troy deu de ombros.

- Dia triste, parece até velório. . . - comentou Bernardo.

- GIGI! - escutei a voz de Timmy de longe e logo senti seus braços ao redor da minha cintura. - Já te falei que fumar é nojento. Por que está fumando? É nojento e faz mal pra saúde mã.

- Eu sei, eu sei. . . - concordei apagando o cigarro.

- Vem ver a prancha de surfe que o Troy me deu de natal! - ele puxou a minha mão animado. - Troy você disse que ia me ensinar nesse final de semana.

- E eu vou.

Timmy me puxou para dentro de casa e pelo que parece ele não está nem um pouco abalado com a morte do vovô ou não sabe o que está acontecendo.

- Olha Gigi. - disse apontando para a prancha de surfe que estava guardada em um quarto qualquer.

- Que linda a sua prancha Timmy. - sorri para o mais novo.

- Mã eu estou com sede, pega água pra mim? Por favor.

Peguei na sua mão e o levei para a cozinha. Ele se sentou na mesa e eu fui buscar a sua água.

- Gigi, porque todas essas pessoas estão aí? - Questionou encarando o chão. - A minha babá me fez vestir preto hoje, você sabe que a mamãe não gosta, mas quando ela viu ela não falou nada. Aconteceu alguma coisa?

Suspirei deixando o copo na mesa, me abaixei ficando da sua altura e passei minha mão por seus fios de cabelo.

- Você se lembra do vovô? - ele assentiu. - O vovô foi morar junto com o meu peixinho, lembra quando eu falei do Kurt? O vovô está cuidando dele em algum lugar.

- O vovô morreu? - me encarou cabisbaixo.

- Sim, meu amor. Eu tenho certeza que ele está em um lugar melhor. - balancei minha cabeça. - Quer sair daqui e ir tomar sorvete comigo e o tio Michel?

- Quero, por favor. - sorriu me abraçando.

- Vai lá fora e chama ele, eu vou te esperar no carro, tudo bem?

- Tudo bem. - Timmy saiu correndo.

Respirei fundo limpando as poucas lágrimas que se acumulavam nos meus olhos.

- Giulia? - escutei uma voz feminina atrás de mim e me virei encarando duas de minhas tias.

- Oh meu bem, como você está linda! - Antônia, a mais velha me abraçou. - Alta como a mãe!

- Eu falei que quando passasse dos quatorze ficaria bonita! Eu sabia que quando tivesse um surto de crescimento criaria cintura.

- Faz tanto tempo que não nos vemos, da última vez você ainda era uma bolinha meu amor.

Elas comentaram.

A minha eu de quatorze anos estava extremamente chateada, então em respeito a ela eu vou ir logo para o carro.

- Foi bom rever vocês, mas eu tenho que ir. - forcei um sorriso pegando a chave do meu carro.

- Mas já querida? Achei que ficaria. Não vai falar que só veio para o enterro do seu avô.

- Tia eu ando muito ocupada, mas vou ver se consigo passar mais alguns dias - falei me distanciando. - Até mais tias.

 - Até mais tias

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

n o t a s

⁰⁰¹ gigi sendo fofa com o Timmy >>>>

heaven ²; vinnie hacker.Onde histórias criam vida. Descubra agora