Lívia
— Atrapalho? — perguntou, engolindo em seco — Mas é claro que sim! — exclamou baixo para si mesmo— Me desculpem por atrapalhar, quem iria imaginar, porra? — o rapaz de olhos castanhos sorriu.
Me senti um tanto aliviada por ele não parecer bravo.
Demétrio limpou a garganta.
— Onde você estava? — e perguntou, tentando mudar o foco.
— Estava por ai, brincando com o Bobby.
— E desde quando você gosta de ficar por aí brincando com o Bobby?
— Ele não sai do meu pé, então eu meio que não tive escolha e acabei gostando do bichinho. — Frederic acariciou o cachorrinho — E vou sair de novo, não quero atrapalhar mais.
Eu podia sentir meu rosto tão quente, como se eu tivesse comido muita pimenta e fosse ter um ataque cardíaco.
— Fredéric... Eu... — comecei, mas ele me interrompeu.
— Fica tranquila Lívia, eu apoio. — piscou para mim — Você é sortudo hein, irmão.
— Vai se foder, você não tem que apoiar nada. Agora cai fora logo, Frederic. — Demétrio parecia estar segurando uma risada.
— Você não vai reclamar porque eu vou sair?
— Está ouvindo alguma reclamação saindo da minha boca?
—Nossa, Lívia, você faz milagres? — Frederic colocou o cachorro no chão e saiu de casa, animado, com o Bobby correndo atrás dele, latindo.
— Me desculpe por essa situação, você está vermelha. — Demétrio disse, segurando meu queixo e olhando dentro dos meus olhos, parecendo procurar por algo.
— Eu não me importo, seu irmão é bem legal e entendeu. Gostei dele desde a primeira vez que nos falamos, sempre me tratou bem e...
— Já entendi, ao contrário de mim que fui muito idiota no início. — vi dor e arrependimento em seus olhos.
— Já passou, você se redimiu e isso é tudo que importa para mim. Mesmo você sendo um maldito bruto, eu gostei de você, não é mesmo?
— Você gostou. — afirmou, abrindo um enorme sorriso que iluminava seu belo rosto e me deixava sem fôlego.
— Mas você deveria ser menos duro com ele, você é um grande idiota com o garoto.
— Eu vou tentar, linda. Eu vou tentar.
Demétrio fez sanduíches de queijo e presunto, comemos e bebemos refrigerante, conversamos sobre várias coisas que nos permitiram conhecer mais um ao outro, gostos, manias e vontades. Quando terminamos, eu estava gargalhando por causa de uma história que ele me contou, sobre quando era pequeno, correu pelado pelo bairro em que morava porque foi roubar manga do vizinho e as calças ficaram presas em um galho quando foi pego no flagra.
— Aí aí, minha barriga está doendo de tanto rir. — coloquei a mão em meu estômago e tentei me recompor.
Quando finalmente parei de gargalhar, Demétrio estava me encarando com curiosidade.
— Como posso achar tão linda uma pessoa zombando de mim? — sorriu.
— Você que é lindo.
— Quer ver um filme? — perguntou.
— Será que não devo ir? Meu pai pode ter chegado...
— Fica. Só mais um pouco. — seu rosto estava sério, mas seus olhos brilharam, e naquele momento meu coração doeu um pouco. Eu estava muito apaixonada.
Apenas assenti, concordando em ficar, quando na verdade eu também não queria ir.
Ele decidiu colocar um filme, para vermos nem que fosse um pedaço, e começamos a assistir. Ele estava jogado no sofá e eu aconchegada em seu peito, com seu braço abraçando minha cintura.
— Estou com sede... — falei baixinho para ele após alguns minutos.
— Vou pegar para você. — fez menção de se levantar, mas o detive.
— Pode deixar que eu pego. — não queria ser folgada, eu poderia pegar a água. Levantei e fui até a cozinha, peguei um copo no armário e enchi no filtro que saia água natural e gelada — Você quer? — perguntei quando bebi dois copos cheios.
— Sim.
Quando estava me aproximando do sofá, com o copo cheio de água, acabei tropeçando em algo no chão no momento em que iria estender o copo com água para ele, nesse momento quase toda a água do copo caiu em sua camisa.
— Merda. — olhei para o que me fez tropeçar e avistei um brinquedo de cachorro — Me desculpa. — coloquei o copo em cima da mesa de centro, corri até a cozinha e peguei um pano de prato que estava pendurado na parede para tentar secá-lo.
— Calma, linda. Está tudo bem. — ele sorriu — É tão simples, só tirar a camisa.
Demétrio ficou de pé na minha frente e tirou a camisa molhada, revelando todo o abdômen bem desenhado, os ombros largos e braços fortes. Meu coração acelerou na medida que senti também um friozinho no estômago, instantaneamente mordi o lábio, admirando a beleza daquele homem, enquanto sentia meu ponto sensível pulsar.
Demétrio
— Eu vou pegar outra camisa. — comentei, me movendo para ir até o quarto.
— Espera. — parei imediatamente — Não vai...
Me aproximei dela lentamente e percebi que estava nervosa, tremendo e com as bochechas vermelhas.
Toquei sua cintura suavemente com a ponta dos meus dedos e a beijei. Nunca quis ou desejei uma mulher como queria ela. Podia sentir seu corpo estremecer em meus braços e o brilho de desejo em seus olhos azuis que eu tanto amava.
Aprofundei o beijo, colando nossos corpos, mordendo o lóbulo de sua orelha e segurando firme o cabelo de sua nuca. Eu estava duro, como acontecia toda vez que eu a tocava. A desejava tanto e queria possuir seu corpo ali mesmo, sendo assim, a beijei mais faminto, mais duro e necessitado.
Queria que Lívia pedisse para ser minha, que ela quisesse se entregar por estar pronta, que confiasse em mim para ser o primeiro homem de sua vida.
Lívia
Imediatamente correspondi o beijo de Demétrio quando ele começou a me beijar loucamente, minhas pernas estavam trêmulas e minha calcinha totalmente molhada. Ele puxou meus cabelos suavemente, fazendo-me soltar um gemido no meio do beijo.
Demétrio foi caindo por cima de mim quando meus joelhos se dobraram e minhas costas deitaram no sofá, continuando o beijo, suas mãos ousaram mais pela primeira vez, apertando forte minha coxa e arranhando levemente com as unhas. Cada toque seu me despertava mais, me fazia querê-lo com urgência, que ele acabasse com minha agonia e me desse uma liberação para a dor dentro da minha calcinha.
Eu estava de saia e uma das mãos dele tocou minha calcinha. Demétrio parou de imediato e por um momento olhou para mim com olhar de quem estava se desculpando por ultrapassar algum limite.
— Não quero que pare. Quero ser sua meu amor... Quero que seja meu primeiro e único homem — um sorriso enorme nasce em seus lábios, logo sendo substituído por um olhar faminto, malicioso e cheio de promessas.
— Linda, você tem certeza?
— Absoluta.
Eu avisei que seria extremamente clichê, parem de implicar kkkkk... Foi meu primeiro livro e se eu mudasse tudo que tem pra mudar, viraria outra história kkkkkkkk
Bj bj bj ❤️
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Maldito Bruto (Concluído)
RomanceEle é rude e ela um amor. Será que a doçura de uma moça conquistará o coração de um bruto? "Quando olhei para trás, avistei um homem alto e de ombros largos, uma muralha de músculos. Era muito bonito e forte. Sua camisa de botões entreaberta não co...