Lívia
Estava totalmente sem palavras, não sabia o que pensar, o que falar ou como reagir. Estava ciente apenas das lágrimas de raiva que insistiam em cair dos meus olhos. Virei as costas e comecei a correr, correr de volta para minha casa.
Será que eu nunca teria paz?
— Lívia! — ouvi Demétrio me chamar — Espera por favor. — gritou, correndo atrás de mim.
Parei para enfrentá-lo.
— O que essa mulher estava fazendo na sua casa? E te beijando ainda? — questionei.
— Você vai me ouvir? Me deixar explicar? Por favor. — pediu, parecendo desesperado.
— Depois conversamos, quando essa mulher estiver longe da gente.
Eu sabia que Demétrio não me trairia com Kristen, mas eu precisava fingir uma cena para ela achar que nos abalou.
— Não, linda. — se aproximou mais de mim — Por favor, acredite em mim.
— Eu... Eu não sei. Estou tão confusa. Estou com medo e mais um monte de coisas. Não sei o que pensar. — coloquei as duas mãos no rosto.
— Eu nunca trairia você, Lívia, porque eu te amo. — ergui a cabeça e o olhei, chocada, com o coração martelando o peito.
Eu te amo? Ele me amava... As palavras bateram em mim como um choque, mas um choque bom que percorreu todo o meu ser, enchendo meu coração de sentimentos, fazendo-o doer.
Neste momento não quis mais fazer uma cena, apenas corri para seus braços, nada mais importava. Ele me abraçou com tanto amor, com tanta vontade e eu o beijei, tendo meus lábios sendo devorados por ele e suas mãos me tocando como se tivesse medo de me soltar.
— Meu amor... Confia em mim, a única que eu quero é você. — ele sussurrou entre o beijo, e eu retribui o sorriso voltando a beijá-lo.
— O que significa isso?! — ouvimos Kristen gritar e então separamos nossos lábios.
A loira parecia furiosa quando se lançou para vir em minha direção, Demétrio de imediato se pôs em minha frente.
— Kristen! O que pensa que está fazendo? Você não vai encostar nela. — Demétrio segurou seus braços.
— Você é meu! Ela é uma pirralha, Demétrio! — a mulher estava furiosa.
— Você está sendo ridícula, Kristen. Me ameaçando e afirmando que o Demétrio é seu como se ele fosse um objeto, ainda mais depois do que você fez! Como tem coragem?
— Você é meu e sempre será! Não vou deixar vocês viverem em paz! — gritou histérica.
— Eu não vou me prestar ao papel de brigar por causa de um homem. Se ele quisesse você, seria seu e ponto, eu sairia do caminho. Porém, ele não quer nada com você. Nos deixe em paz.
— Nunca. Vocês nunca viverão em paz enquanto eu existir. — jurou e se afastou.
A observei ir, em uma direção contrária a minha casa, Demétrio me puxou para seus braços e me abraçou forte.
— Ela chegou lá em casa e me pegou desprevenido, me agarrou e me beijou, mas eu logo a afastei, foi quando você chegou.
— Acredito em você, me desculpe pela minha reação, eu senti raiva, ciúmes, não sabia como reagir nem o que pensar. Tenho inseguranças e quis fazer ela pensar que conseguiu o que queria, para ver se nos deixava em paz.
— Eu te entendo linda, também ficaria furioso se visse outro homem beijando você, assim como fiquei quando Marcos o fez, eu o arrebentaria. Os únicos beijos que eu preciso são os seus. — beijou levemente meus lábios.
— O convite para ir até a sua casa, ainda está de pé?
— Com certeza. — piscou para mim e me puxou em direção a sua casa.
Quando chegamos, me guiou até o sofá e nos sentamos.
— Será que a Kristen vai contar para o meu pai sobre nós dois?
— Você tem medo que ela faça?
— Sim. Não sei qual será a reação dele. Ele me deixou ir a feira com o Marcos, mas eu tive que deixar claro que não era um encontro.
— Não vamos nos preocupar com isso agora, tenho certeza que lidaremos com isso quando chegar a hora. Posso te pedir uma coisa?
— Claro.
— Não fale mais sobre o Marcos. Ele te quer, mas nunca terá. — acariciou meu rosto — Você quer comer alguma coisa? — mudou de assunto tão rápido que não pude responder sobre Marcos.
— Na verdade, sim. Estou com fome.
— Vou preparar algo. Estava indo fazer isso quando aquela mulher chegou. — se levantou e foi para a cozinha.
— Vamos esquecê-la por hora. Precisa de ajuda? — me levantei e fui em sua direção.
— Hoje eu só quero te servir. — me deu um selinho.
— Então tá. — sorri.
O abracei por trás, minhas mãos tocando o abdômen definido por cima da camisa, mordi levemente suas costas e ele jogou a cabeça para trás, grunhindo.
— Linda... Está me provocando... — virou-se bruscamente, prendendo-me contra a parede.
Começou a beijar meu pescoço, causando arrepios prazerosos correrem pelo meu corpo. Segurei na parte de trás do seu pescoço quando sua boca tomou a minha com desejo e paixão.
— Puta que pariu. — ouvimos essa exclamação e paramos imediatamente de nos beijar.
Frederic estava de pé na entrada da casa, com o cachorrinho do Demétrio no colo e nos olhando de olhos arregalados, parecendo chocado.
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Maldito Bruto (Concluído)
RomanceEle é rude e ela um amor. Será que a doçura de uma moça conquistará o coração de um bruto? "Quando olhei para trás, avistei um homem alto e de ombros largos, uma muralha de músculos. Era muito bonito e forte. Sua camisa de botões entreaberta não co...