Lívia
Três semanas se passaram desde o deslize de Demétrio, no dia seguinte ele comprou o tal remédio e eu tomei. Uma semana depois minha menstruação desceu normalmente, então fiquei aliviada. Um bebê já bastava na família, visto que Maria nos noticiou há poucos dias que estava grávida, eu teria um irmãozinho ou irmãzinha.
Tantas coisas aconteceram desde que eu fui morar com meu pai, que eu poderia escrever um livro extremamente clichê. Nunca pensei que viveria algo parecido.
Também contamos para o meu pai sobre a armação de Kristen e que eu a havia demitido, finalmente eu e meu amor teríamos paz. Quanto ao Marcos, ele jurou que só espalhou o que Kristen disse para espalhar e meu pai pediu para darmos uma segunda chance a ele pois era um médico de muitos anos na fazenda e os animais estavam habituados a ele.
O Demétrio concordou, eu não liguei.
Recebi também uma intimação para testemunhar contra o Sebastian, numa ação jurídica contra ele, em que mais mulheres o denunciaram por assédio em outras universidades. Eu fui, muito nervosa, e juntamente com todas as provas, o maldito foi condenado a passar muitos anos atrás das grades.
Eu estava sentada na escada da minha casa, esperando Demétrio para darmos um passeio, quando de repente vi um carro diferente se aproximar. Olhei para todos os lados, mas não tinha ninguém por perto, pensei em entrar para chamar o meu pai, mas me lembrei de que ele e a Maria estavam na cidade comprando coisas para o bebê.
Me levantei e meu coração acelerou dentro do peito, de uma forma totalmente ruim, quando vi minha mãe sair de dentro do carro.
— O que você está fazendo aqui? — perguntei incrédula, indo em sua direção.
— Quero conversar com você meu amor. — respondeu e eu franzi as sombrancelhas.
— Meu amor? — ri, sem humor.
— Me ouça, querida. Por favor. Eu sei que você tem um coração puro.
— Olha mãe... Mãe não, Mariana, eu não quero conversar com você. Não temos nada para falar. — disse, tentanto disfarçar a angústia que começou a corroer meu peito.
— Lívia, tudo que fiz com você tem uma explicação. Eu juro que não fiz porque eu não te amo, me deixa falar tudo para você e você decide se pode me perdoar ou não. Eu imploro. — implorou.
Eu era tão burra ou ela era uma ótima atriz, porque eu juro que vi um relampejo de sinceridade nos olhos da maldita.
— Você sempre deixou bem claro que me odeia, o que fez comigo foi desumano. Não sei se posso perdoar, por favor vai embora. — meus olhos ficaram marejados, meu coração começou a doer.
Eu queria chorar, porque sempre quis o amor de uma mãe e a dúvida queria se alastrar pela minha mente. Eu não poderia ser tão burra!
— Vem, entra no carro... Pelo menos vamos conversar em outro lugar depois te trago de volta e você decide se eu mereço ou não uma chance, por favor Lívia.
— Não. Eu não vou a lugar algum com você! — decidi.
Ela me olhou furiosa e se aproximou de mim, dei um passo para trás, pronta para correr, mas ela agarrou meu braço e levantou a blusa, mostrando uma arma em sua cintura.
— Entre na droga do carro. — murmurou, com raiva.
— Me mate aqui, não vou a lugar algum com você. — balancei a cabeça, sentindo lágrimas quentes em minhas bochechas.
Meu coração não deveria se partir com mais essa decepção depois de tantas, mas estava se partindo.
— Eu tenho Leonel com uma arma apontada para sua querida madrasta e seu papai. Você vai vir ou não?
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Maldito Bruto (Concluído)
RomanceEle é rude e ela um amor. Será que a doçura de uma moça conquistará o coração de um bruto? "Quando olhei para trás, avistei um homem alto e de ombros largos, uma muralha de músculos. Era muito bonito e forte. Sua camisa de botões entreaberta não co...