Capítulo 5

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Lívia

Perdida em meus pensamentos sobre aquele homem mas acima de tudo, feliz por estar com meu pai, acabei dormindo. No dia seguinte acordei, escovei os dentes, tomei banho e desci para encontrar meu pai, ele já estava lá embaixo sentado a mesa.

— Bom dia. — abriu um largo sorriso ao me ver — Vem filha, junte-se a mim.

Fui até ele, o cumprimentei e me sentei para tomarmos café da manhã juntos.

— Pai, eu estou tão feliz de estar aqui... — declarei suspirando.

— Que bom minha querida. Eu também estou muito feliz por ter você comigo, minha princesa. — ele respondeu sorrindo, meu pai era o melhor homem do mundo.

Ergui a mão até a sua e apertei levemente.

— Eu preciso ir até a cidade para pegar algumas coisas na escola, meu histórico e algumas provas. Ouvi dizer que para iniciar na faculdade, deve ter o histórico escolar. O senhor pode me levar?

— Oh, hoje eu tenho muito serviço aqui na fazenda. Mas eu posso mandar algum dos empregados levar você lá.

— Ah sim, tudo bem.

— Você quer fazer faculdade de que?

— Veterinária, eu amo animais, apesar de nunca ter podido ter um. Certa vez me atrevi a pegar um gatinho para cuidar e o idiota do Leonel o matou.

Fiz uma careta ao lembrar.

— Maldito. — meu pai cerrou os punhos.

— Ele é um monstro.

Decidi mudar de assunto, falar sobre aquele homem poderia acabar com o dia de qualquer um e eu não queria estragar meu primeiro dia completo na fazenda.

— Esse bolo está tão bom. Quem fez? — perguntei me servindo de um segundo pedaço do bolo de milho, mesmo sabendo que era a Maria que cozinhava.

— A Maria, ela tem mãos de fada. — percebo um brilho nos olhos do meu pai — Quando terminar, vá pegar o que tem pra pegar enquanto eu chamo alguém para levar você na cidade.

— Tudo bem. — assenti e terminei meu café da manhã.

Subi correndo, sempre tive essa mania de andar correndo pela casa e muitas vezes apanhava por isso. Peguei minhas coisas, mas não encontrava um bendito papel com o comprovante da solicitação do histórico.

— Lívia! — ouvi meu pai chamar.

— Já vou pai! — exclamei — Desculpa, eu não estava encontrando um papel importante dentro da mala. — justifiquei enquanto descia a escada correndo.

Quase tropecei no último degrau da escada quando cheguei lá embaixo e dei de cara com o moço arrogante.

— Filha, esse é o Demétrio. Ele irá levá-la até a cidade para mim. Demétrio essa é a minha filha Lívia.

— Oi. — Demétrio falou friamente.

— Oi. — respondi da mesma forma — Vamos? Tchau pai, até logo.

Me despedi do meu pai e fui em direção a caminhonete que estava parada em frente as escadas da casa, logo supus que seria a do Demétrio, e por incrível que pareça ele abriu a porta do carro para mim. Apesar de ser arrogante pelo menos era um pouco cavalheiro.

Quando ele deu partida e o silêncio ficou muito incômodo para mim, tentei puxar assunto.

— Você trabalha com meu pai há muito tempo?

Maldito Bruto (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora