POV Pepper
Uma semana havia se passado desde que dormimos juntos — e sinceramente? Não sei porque eu estava contando quantos dias faziam, I mean, eu nem ligava! — também não havíamos tocado no assunto desde a noite do filme, ele respeitava meu espaço como eu tinha pedido que fizesse. Assim aos poucos tudo voltava a normalidade.
Eram por volta das 18h quando eu cheguei em casa depois de visitar minha mãe no final do expediente. Abri a porta tentando me equilibrar nos saltos, com a bolsa e os papéis que tinha trazido do trabalho para revisar, afinal, se Tony não lia os contratos, alguém precisava o fazer para evitar que a SI tomasse prejuízos. Joguei tudo no sofá e me desfiz dos sapatos ali mesmo na sala. Corri os olhos rapidamente pelo ambiente e a julgar pelo silêncio, deduzi que eu estava sozinha — mais uma vez naquela semana. Os atrasos de Tony e as noites fora de casa nunca me incomodaram antes, mas por algum motivo começavam a mexer comigo desde...bom...aquele dia. Liguei para Happy na intenção de descobrir onde Tony estava — ou seria: com quem Tony estava?
— Sabe onde ele tá? — perguntei sem cerimônias
— Oi, Pep! Tudo bem? — ele me cumprimentou atendendo a ligação, céus! Onde estavam meus modos? Tony me fazia perder a cabeça só com a possibilidade de estar fazendo algo que pudesse sujar o nome da empresa!
— Desculpa, Hap.— inspirei profundamente me concentrando — O Tony.
— O que tem ele? — Happy perguntou
— Come on! Ele não está com você?
— Oh, ele me dispensou mais cedo e disse que precisava resolver algumas coisas sozinho, mas que logo iria pra casa — respondeu — Não tem com o que se preocupar
— Sabe que dizer isso só me deixa mais preocupada, não é? — conclui — Anyway, obrigada Happy. — me despedi e desliguei a ligação.
Tentei afastar meus pensamentos dele indo para o banho, tudo que eu precisava era relaxar depois de mais um dia exaustivo.
Subo até o meu quarto e caminho em direção ao banheiro. Abro a água e entro no chuveiro, deixando que as gotas caiam sob minhas costas, massageando-as.
A julgar pela quantidade de vapor no banheiro quando desligo a água, deduzo que provavelmente fiquei no chuveiro por pelo menos 30 min.
Enquanto me visto com o roupão, ouço alguns barulhos no andar de baixo, e bem distante a voz de Tony que parece estar falando ao telefone. Ele chegou, e não posso evitar sentir um alívio enorme.
Sigo até meu pequeno closet, e reviro as gavetas procurando algo confortável para vestir. Deixo o roupão cair no chão, me visto em um conjunto de lingerie que encontro, e continuo procurando roupas em meio a minha bagunça — Gosh, preciso me lembrar de organizar isso — resmungo, jogando as peças para fora.
Estou tão ocupada procurando algo que mal percebo quando Tony adentra no quarto e para bem à minha frente:
— Céus! Não podia bater na porta antes de entrar? — digo quando o vejo, me cobrindo rapidamente com o roupão que estava jogado aos meus pés
— Oh, please. Como se eu nunca tivesse te visto assim! Aliás, bela renda. É algodão? — Ele pergunta analisando minuciosamente a peça
— Você é nojento, sabia? — bufei, fazendo um laço à frente do corpo
— Trouxe pizza — anuncia. Então esse era o motivo pelo qual ele se atrasou.
— Não podia esperar para que eu descesse para me dizer isso?
— Iria esfriar até você decidir o que vestir — diz olhando para a bagunça no chão — Quer que te espere para comer?
— Yeah, desço em cinco minutos — respondo e ele me dá as costas, saindo do quarto
