POV Pepper
Estávamos em setembro, e com mais um mês se iniciando havia também mais uma consulta com Dra. Stevens.
Eu estava deitada sob a maca, encarando o monitor, e Tony segurava minha mão de forma carinhosa, como sempre fazia durante as consultas, quase involuntariamente. A verdade era que Anthony Edward Stark era completamente emotivo e chorava em literalmente todos os ultrassons. Quando ouvimos o coraçãozinho pela primeira vez, Natalie precisara até mesmo oferecer um copo d'água para que ele se acalmasse.
— Conseguem ver?— Natalie pergunta apontando para o monitor à nossa frente enquanto desliza o aparelho por meu ventre — estes aqui são os bracinhos, e aqui estão as perninhas. — ela nos mostra, localizando na tela com alguns rabiscos no ultrassom para que possamos ver — Bom, ela está se desenvolvendo muito bem. O peso e tamanho estão ideais para 20 semanas, e o mais importante, ela parece estar bem confortável aí dentro. — diz se virando para mim — quanto à você Dona Virginia, as recomendações continuam as mesmas, ok? Nada de longas horas de trabalho e longas horas de jejum, lembrando que você também precisa se hidratar bastante.
— Nem se eu quisesse fugir as recomendações seria possível, Natalie. — digo olhando para Tony e ela entende
— Que foi? Só estou cumprindo com ordens médicas. Alguém precisa garantir que você coma na hora certa e que tome as vitaminas. — ele argumenta
Eu fingia estar incomodada com toda a super proteção de Tony, mas na verdade eu amava o jeito com que ele me colocava como sua prioridade.
Me levanto da maca com a ajuda dele e pego minhas roupas que estavam dispostas sob um móvel, me encaminhando ao banheiro ali e me trocando enquanto Tony pega o receituário com a médica. Volto ao outro ambiente depois de ter me vestido, me juntando a eles. Natalie repassa mais algumas recomendações para mim e então Tony e eu deixamos o local depois de nos despedir dela.
Entramos no carro e começamos o percurso de volta para casa.
— Faz quase um mês que sabemos que é uma menina e ainda não decidimos o nome. Somos pais ruins? — digo olhando o movimento pela janela
— O que? Não, querida! De forma alguma! Existem pessoas que preferem esperar o bebê nascer para escolher o nome e ver se realmente combina com a criança, sabia?
— Eu sou ansiosa, Anthony. Acha mesmo que conseguiria passar os próximos cinco meses sem me referir à minha filha pelo nome?
Ele sorri assentindo pois sabia que não, eu não daria paz até termos um nome definido bordado em pequenas toalhas, e em todo o enxoval.
O caminho até em casa foi rápido. Deveriam ser aproximadamente 14h quando Tony desligou o motor do carro, estacionando o veículo na garagem. Como ambos havíamos tirado folga do trabalho naquele dia, decidimos por ficar apenas com nossas tarefas domesticas e nada mais. Fui direto ao banho para poder me limpar do restante do gel utilizado no ultrassom, e enquanto isso Tony se encarregava de pedir um delivery para o a almoço, que seria apenas um filé de frango e uma salada, equilibrando minha dieta.
O quarto mês de gravidez trazia consigo alguns incômodos, porque nem tudo são flores. Meus seios aumentavam de tamanho dia após dia, fazendo com que ficassem doloridos e extremamente sensíveis. Minha coluna também doía significativamente, e haviam dias onde eu mal conseguia fazer tarefas simples pelo cansaço.
Alguns minutos depois de uma ducha relaxante, saí do banho, me troquei, colocando uma roupa leve que ficasse confortável na região da barriga, e desci ao encontro de Tony para almoçarmos juntos. Fizemos a refeição e em seguida cuidamos da louça, também juntos.