POV Tony
Como Avril nasceu pela manhã acabamos tendo que permanecer no hospital para que ela fizesse uma série de exames necessários até o dia seguinte. A noite foi relativamente tranquila, e diferente do que eu imaginava, ela acordou poucas vezes para mamar durante a madrugada.
Pepper estava se saindo muito bem, e eu só fazia ficar cada vez mais apaixonado por aquela mulher. Depois de vê-la dar a luz todos os meus conceitos sobre ela apenas se solidificaram. A força que ela teve, a garra, tinham me surpreendido. Nunca pensei que fosse capaz de ama-la mais do que eu já amava, mas eu estava enganado. Eu a amava o dobro, o triplo, agora vendo-a como mãe...
Deveriam ser aproximadamente 11h da manhã quando deixei Avril e Pepper dormindo no quarto e saí para comer algo ali mesmo na lanchonete do hospital. Fiz meu pedido, e me sentei em uma das mesas espalhadas pelo local para comer o croissant e o café.
Assim que termino meu lanche volto para o quarto e encontro ambas já acordadas, e na companhia de Natalie e da pediatra.
— Olá, Anthony — Natalie me cumprimenta e eu devolvo o gesto — Norah acredita que até o final do dia vocês poderão levar a pequena Avril para casa — ela diz se referindo a mulher ao seu lado
— Estamos apenas esperando o resultado de alguns exames saírem — Norah completa
— Vamos deixá-los a sós agora. Voltamos em algumas horas para libera-los. — Natalie se despede e sai do quarto acompanhada pela morena mais alta
Logo que elas nos deixam, caminho em direção a Pepper e deposito um selinho em seus lábios
— Onde estava? — ela pergunta se ajeitando entre os travesseiros espalhados pela cama
— Cafeteria — respondo observando Avril no colo da mãe
— Good morning, daddy — Pepper afina a voz se passando por Avril, quando a bebê abre os olhos ainda com dificuldades por causa da claridade que entra pelas frestas da veneziana
— Good morning, sunshine — respondo acariciando o fios de minha filha e pegando-a no colo
Pepper aproveita o fato de que peguei Avril para caminhar um pouco pelo quarto e fazer sua higiene matinal.
— Como se sente? — pergunto fitando-a pelo espelho enquanto penteia o cabelo e forma um coque desengonçado
— Um pouco cansada, mas nada demais. — ela responde voltando ao ambiente
— Você foi tão incrível ontem, Pep... — me aproximo dela expressando minha admiração e deixo um beijo em sua testa escondida pela franja — Obrigada. Por tudo. Por ter mudado minha vida da maneira mais intensa e perfeita que outro alguém jamais poderia tê-lo feito.
— Não vou te perdoar se me fizer borrar o corretivo que acabei de passar, Anthony. — ela diz brincando, mas já limpando o canto dos olhos — Eu te amo. — ela deixa um beijo rápido em meus lábios dessa vez.
Pepper caminha até a poltrona em uma das extremidades do quarto, e eu entrego Avril à ela para que amamente. Era a imagem mais linda que eu já vira. Era de uma pureza inigualável. Pepper ajudava Avril com a sucção com tanta naturalidade, ao mesmo tempo que a observava, e conversava baixinho com ela, apenas as duas imersas em um mundo inteiro só delas, um momento intimo. E eu tinha a sorte de admirar cada segundo das mulheres da minha vida.
O restante da tarde correu muito bem, assim como a manhã. Após Avril ser amamentada, auxiliei cuidando de coloca-la para arrotar, e logo em seguida fazendo-a dormir enquanto cantarolava canções de ninar andando pelo quarto. Percebi que Pepper tinha simplesmente apagado também quando coloquei a pequena no berço ao lado da cama. Ela estava cansada, e merecia dormir mesmo que fosse um pouco até a próxima mamada.