Cap. 31

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Azriel

Rhysand havia convocado todo o círculo íntimo para uma reunião na Casa do Rio. Eu e Noor estávamos usando nossas armaduras. Ela estava colocando os suspensórios e aproveitei para entregar uma coisa a ela.

   - Amor? - chamei e ela se virou na minha direção, dando um sorriso que me fez sorrir.

   - Gosto quando me chama por apelidos carinhosos, devia dizer mais vezes. - ela diz andando até mim e beijando minha boca.

   - Prometo melhorar. Preciso que abra as mãos e feche os olhos. - digo e ela ri. Franzo a testa e então percebo a burrada.

Começamos a rir desesperadamente, minha barriga e boca doíam. Eu estava envergonhado com o que eu havia acabado de proferir, mas Noor parecia gostar da situação.

   - Sério Az? "Feche os olhos"? - ela perguntou em meio as risadas e eu pressionei os lábios, tentando me conter.

   - Ta bom, só feche as mãos, quer dizer, abra os olhos... Não, pela mãe... - começo a me atrapalhar e ela ri mais ainda, sinto minhas bochechas queimarem.

   - Pelo Caldeirão Azriel, parece um adolescente, por que está tão nervoso? - ela pergunta cessando o riso e cruzando os braços. Coço minha cabeça nervoso e entrego uma caixa azul para ela.

   - Eu deveria ter te dado isso no dia do nosso casamento, mas eu sou muito apegado as coisas, e também acostumado a tirarem de mim o que eu amo... - começo e ela sobe as mãos para meu rosto, me acalmando.

   - Ninguém vai me tirar de você Az. - ela diz me abraçando, suspiro um pouco mais aliviado.

   - Bom, você sabe como eu sou com as minhas coisas, odeio dividir, e tive que aprender a fazer isso com você. - ela abre a caixa e abre a boca, surpresa.

   - Isso... é...

   - É a outra metade da adaga. Ganhei da sua mãe alguns meses depois que entrei no acampamento illyriano. Ela sabia que eu não fazia idéia de como me defender, então me deu as adagas de presente. A Reveladora da Verdade tem o cabo escuro e tem arabescos de sombras cravada nela, essa é a mesma coisa, só que o cabo é branco e os arabescos representam luzes. - ela pega a adaga e contorna os desenhos com os dedos.

   - As vezes acho que sua mãe sabia que você viria. Isis tinha dito que eu deveria entregar a outra metade para minha parceira, quando o dia chegasse. E você é literalmente isso Noor, minha luz em meio a escuridão. - completo e crio coragem para olha-la nos olhos, está chorando.

   - Por favor não chore, sabe que não sei lidar com isso. - peço lambendo suas lágrimas e beijando seu rosto com carinho, ela sorri.

   - Saber que minha mãe deu a você, e agora você me deu isso, é... é um pedaço dela, assim como é um pedaço seu. Eu não poderia querer mais Az. - ela diz entre os soluços e sorrisos. Sorrio de volta e beijo seus lábios carnudos com afeto.

   - Qual o nome? - ela perguntou referente a adaga, dei de ombros.

   - Você quem escolhe. - ao responder, os seus olhos esmeraldas brilham e ela ri, encarando a adaga gêmea da minha.

   - Semeadora da Esperança. - ela murmura e meu sorriso cresce, assim como o dela.

   - Amo você. - sussurro contra seus lábios.

   - Amo mais. - ela rebate e fica na ponta dos pés, colando mais seus lábios nos meus.

Faço um rabo de cavalo alto no seu cabelo seguido por uma trança. Quando Noor teve as meninas, as duas amavam ter seus cabelos trançados. Minha esposa perdia muito tempo fazendo, então me obrigou a aprender, assim enquanto ela fazia em uma, eu fazia na outra.

Com Amor, Círculo Íntimo Onde histórias criam vida. Descubra agora