Capítulo 04

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Estar sentado, enquanto a Kisa está em pé falando, parece uma realidade paralela

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Estar sentado, enquanto a Kisa está em pé falando, parece uma realidade paralela. Isso nunca aconteceria antigamente. Eu já estaria a provocando e ela ameaçando me bater ou jogar a cadeira em mim. Digamos que em certos pontos ela estaria certa em tentar, eu não a deixava em paz.

— Boa tarde, senhores — Kisa começa a falar. — Bom, caso alguém não tenha lido o e-mail, essa é uma reunião geral para definir o trabalho de cada um, sem erros. Eu chamei o chefe de cada área, o advogado da empresa e os sócios, pois é importante que passem as informações para as suas respectivas equipes diretamente vindas de mim e não de um e-mail, que pode ficar confuso. — Kisa ergue o polegar e a moça, que suponho ser sua secretária, desce um projetor. — Entendidos? Vamos dar início a reunião.

A reunião durou horas, até mais que o combinado, todo mundo estava bastante entretido com as ideias e planos. Os sócios, inclusive eu, também opinamos e fizemos mudanças que agradaram bastante a todos. Kisa falava como se dominasse muito o assunto, ela realmente sabe o que está fazendo e tem total autoridade como CEO. E, Impressionantemente, eu estava com o foco nela.

Já eram 14:15 quando a Kisa encerrou a reunião e liberou seu pessoal e os sócios. Todos saíram após breves cumprimentos, deixando Kisa, uma moça e eu na sala.

— Mia, fala para o Victor que só vou almoçar às 15:00, eu ainda tenho que terminar algumas coisas — Kisa pede, encarando a moça.

Eu não esperava que os três ainda fossem melhores amigos. Sei que eles sempre foram muito unidos, mas o tempo passou, todos mudamos muito.

— Não tem problema, eu te espero. Victor vai entender e se não entender, batemos nele — após a fala da Mia, Kisa estica a mão e Mia faz um high five.

Mia dá um último sorriso em direção a amiga antes de cruzar a porta e sair da sala de reunião.

Necessito falar com ela, mas a Kisa desperta meu lado mais ridículo que não consegue parar de ser irônico. Eu preciso ser profissional. Os anos passam, mas ainda tenho aquela vontadezinha de dizer algo que faça ela tentar me matar. É como se eu tivesse esperado isso por anos.

— Senhorita Vezenic? — chamo.

Kisa, que estava quase saindo, vira em minha direção.

— Sim? — ela diz, voltando para perto da mesa.

— Eu sou da empresa Martell. — Ela estende a mão, eu a cumprimento brevemente. — Eu preciso de uma cópia do contrato, eu só tenho por e-mail e não acho seguro.

Ela sorri sem mostrar os dentes, assentindo.

— Claro, eu só preciso do seu nome, por favor.

— Meu nome? — questiono.

— Sim, senhor. Por ética e profissionalismo. Não será bom dar papéis tão importantes a qualquer um.

Coço a orelha e abro um sorriso ladino.

Minha Complicada Paixão - Minhas Paixões 01Onde histórias criam vida. Descubra agora