Capítulo 10

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Alguém está me agarrando, sinto quando acordo e automaticamente meus olhos arregalam

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Alguém está me agarrando, sinto quando acordo e automaticamente meus olhos arregalam. Porém, antes de qualquer surto, eu lembro que é o Alfredo e respiro aliviada.

Tiro seu braço da minha cintura e me levanto, entro no banheiro e tranco a porta. Acho uma escova de dentes nova e lacrada e uso para escovar os meus dentes, depois tiro a roupa e tomo banho sem molhar o cabelo. Termino meu banho e saio do banheiro só de toalha, minha roupa está no quarto. Assim que abro a porta do banheiro, sinto algo no meu pé e grito com o susto.

— O que foi, Kisa?

Alfredo acorda assustado e uma mulher entra no quarto desesperada.

— Desculpe, é que... eu tomei um susto com esse cachorro no meu pé — digo, envergonhada, segurando a toalha contra o meu corpo.

— Desculpe, ele chegou hoje e sempre acorda o Fred — diz a senhora de olhos azuis e cabelos escuros. — Eu não sabia que tinha alguém aqui, por isso deixei ele entrar. — Abre um sorriso simpático e sai.

— Flink, vem aqui. Eu estava com tanta saudade de você, garoto — Alfredo chama e o cachorro vai imediatamente e animadamente. — Que coisa feia, Vezenic, ia fugir depois de uma noite quente.

— Acho que dormir do meu lado fez você ter sonhos eróticos. — Caminho para perto da cama. — Oi, bichinho. — Tento fazer carinho no cachorro, mas Alfredo segura minha mão.

— Ele não gosta muito de pessoas.

— A bola de pêlo estava no meu pé, se ele não gostasse de mim, já teria me mordido. — Passo a mão no Flink, que deita e abre as pernas. — Viu? Ele me ama.

Me inclino um pouco para frente e o Alfredo desce o olhar descaradamente pelo o meu corpo. Me dou conta que eu ainda estou de toalha e levanto, segurando a toalha contra o meu corpo.

Pego meu vestido em cima da poltrona e vou para o banheiro. Coloco a roupa que eu estava ontem, ajeito meu cabelo rebelde em um coque e saio do banheiro. Vejo Alfredo deitado junto com o Flink, que está com a cabeça no seu peito. Eles estão fofos e isso me faz sorrir.

— Papai estava com saudade — fala e o bicho se aconchega mais. — Espero que seus tios tenham cuidado bem de você.

Um marmanjo desse tamanho falando com voz de bebê.

— Que fofo — digo, rindo.

— Estraga momentos.

Sento na cama, fazendo carinho no Flink, que sai do colo do Alfredo e vem para o meu.

— Que traíra — fala.

— Nunca tive um cachorro, talvez eu devesse roubar você. — Levanto e faço menção de pegar o bicho no colo.

— Kisa Kaira Vezenic!

Alfredo levanta e vem até mim em passos lentos, me deixa ter a visão do seu abdômen definido, os músculos do seu braço e sua expressão de quem acabou de acordar.

Minha Complicada Paixão - Minhas Paixões 01Onde histórias criam vida. Descubra agora