Alguém está me agarrando, sinto quando acordo e automaticamente meus olhos arregalam. Porém, antes de qualquer surto, eu lembro que é o Alfredo e respiro aliviada.
Tiro seu braço da minha cintura e me levanto, entro no banheiro e tranco a porta. Acho uma escova de dentes nova e lacrada e uso para escovar os meus dentes, depois tiro a roupa e tomo banho sem molhar o cabelo. Termino meu banho e saio do banheiro só de toalha, minha roupa está no quarto. Assim que abro a porta do banheiro, sinto algo no meu pé e grito com o susto.
— O que foi, Kisa?
Alfredo acorda assustado e uma mulher entra no quarto desesperada.
— Desculpe, é que... eu tomei um susto com esse cachorro no meu pé — digo, envergonhada, segurando a toalha contra o meu corpo.
— Desculpe, ele chegou hoje e sempre acorda o Fred — diz a senhora de olhos azuis e cabelos escuros. — Eu não sabia que tinha alguém aqui, por isso deixei ele entrar. — Abre um sorriso simpático e sai.
— Flink, vem aqui. Eu estava com tanta saudade de você, garoto — Alfredo chama e o cachorro vai imediatamente e animadamente. — Que coisa feia, Vezenic, ia fugir depois de uma noite quente.
— Acho que dormir do meu lado fez você ter sonhos eróticos. — Caminho para perto da cama. — Oi, bichinho. — Tento fazer carinho no cachorro, mas Alfredo segura minha mão.
— Ele não gosta muito de pessoas.
— A bola de pêlo estava no meu pé, se ele não gostasse de mim, já teria me mordido. — Passo a mão no Flink, que deita e abre as pernas. — Viu? Ele me ama.
Me inclino um pouco para frente e o Alfredo desce o olhar descaradamente pelo o meu corpo. Me dou conta que eu ainda estou de toalha e levanto, segurando a toalha contra o meu corpo.
Pego meu vestido em cima da poltrona e vou para o banheiro. Coloco a roupa que eu estava ontem, ajeito meu cabelo rebelde em um coque e saio do banheiro. Vejo Alfredo deitado junto com o Flink, que está com a cabeça no seu peito. Eles estão fofos e isso me faz sorrir.
— Papai estava com saudade — fala e o bicho se aconchega mais. — Espero que seus tios tenham cuidado bem de você.
Um marmanjo desse tamanho falando com voz de bebê.
— Que fofo — digo, rindo.
— Estraga momentos.
Sento na cama, fazendo carinho no Flink, que sai do colo do Alfredo e vem para o meu.
— Que traíra — fala.
— Nunca tive um cachorro, talvez eu devesse roubar você. — Levanto e faço menção de pegar o bicho no colo.
— Kisa Kaira Vezenic!
Alfredo levanta e vem até mim em passos lentos, me deixa ter a visão do seu abdômen definido, os músculos do seu braço e sua expressão de quem acabou de acordar.
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Minha Complicada Paixão - Minhas Paixões 01
Любовные романыDesde quando eram crianças, Kisa e Alfredo sempre se implicaram para esconder o sentimento que nutriam um pelo o outro. Com o passar dos anos, isso não mudou, as provocações e brincadeiras só aumentaram, até que Alfredo foi fazer faculdade em Londre...