Desde quando eram crianças, Kisa e Alfredo sempre se implicaram para esconder o sentimento que nutriam um pelo o outro. Com o passar dos anos, isso não mudou, as provocações e brincadeiras só aumentaram, até que Alfredo foi fazer faculdade em Londre...
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Fecho a porta do meu carro após sair dele, seguro mais firme a coleira do Flink e começo a andar pela fachada da empresa.
— Boa tarde e desculpe, senhor Martell, mas não é permitido a entrada de cachorro na presidência — um segurança diz.
— A Kisa está aí?
— A senhorita Vezenic saiu.
— Ela vai deixar eu entrar com o cachorro.
— Desculpe, senhor, estou apenas seguindo ordens da chefe. Ela deixou bem claro, nada de cachorro na presidência.
— Esse é o cachorro dela. — Passo a mão no cabelo.
— Nenhum cachorro.
Bufo e pego o celular em meu bolso, colocando no aplicativo de mensagem.
Alfredo: Kisa, onde você está?
Kisa não está on-line e provavelmente irá demorar para responder, então guardo meu celular de volta no bolso e bufo.
— Onde é permitido cachorro? — pergunto.
— No saguão, contanto que ele mantenha-se tranquilo no ambiente.
— Os cachorros não ficam tranquilos, eles são agitados.
— Então o senhor não pode entrar!
Solto uma risada irônica.
— Querendo passar por cima das minhas ordens, Martell? — sua voz ressoa atrás de mim.
Viro para a Kisa e encaro ela.
— Não pode entrar cachorro na sua empresa? Seu próprio filho — pergunto, fingindo estar incrédulo.
— É horrível os bichos terem que conviver com esse tipo de pessoa.
— Seu próprio cachorro foi barrado.
— Achei que ele era só seu — retruca, parando na minha frente com os braços cruzados.
— Tá bom, espertinha.
— Vamos subir. Obrigada por ter respeitado as minhas ordens e não se importe com o Martell — Kisa diz para o segurança. — Vamos, filho. — Ela toma a coleira de mim.
Entramos no saguão da empresa, e as pessoas param para olhar a cena. Kisa e eu de mãos dadas enquanto ela leva um cachorro não podia ser o melhor show. Entramos no elevador, que rapidamente chega na presidência, e fomos para a sala da Kisa.
