Desde quando eram crianças, Kisa e Alfredo sempre se implicaram para esconder o sentimento que nutriam um pelo o outro. Com o passar dos anos, isso não mudou, as provocações e brincadeiras só aumentaram, até que Alfredo foi fazer faculdade em Londre...
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A música começa a ressoar pelo carro e eu reviro os olhos por ser a décima vez que ela escuta essa música hoje. Minha noiva e o Flink se olham como se fossem fazer algo. Fico impressionado como eles têm uma conexão, Flink sempre fica com a Kisa quando ela toca piano e sempre está com ela na cozinha escutando música.
Massageio o dorso da sua mão, que está entrelaça com a minha, e ela sorri e me lança uma piscadela.
— Eu me lembro de quando te conheci, eu não queria me apaixonar, eu senti minhas mãos tremendo porque você estava tão bonita — canto baixo para ela não ficar com um sorrisinho convencido.
A Kisa está escutando muito essa música, de acordo com ela, lembra a gente, então eu aprendi. Aprendi até a parte em espanhol.
— Eu não sei o motivo, mas toda vez que eu olho nos seus olhos eu vejo milhares de estrelas cadentes, E sim, eu te amo, mal posso acreditar que toda noite você está ao meu lado — Me olha ao estar cantado e sorri de um jeito que me faz ficar mais apaixonado por ela do que eu já sou.
— Não sorri assim para mim ou vamos ter um acidente.
Kisa franze o cenho.
— O carro está parado!
Estamos em uma localização que eu não tenho ideia de onde seja. Kisa me guiou até aqui e disse que era o lugar de paz dela. Estamos no fim da tarde e o céu está em uma mistura de rosa, laranja e azul.
— Na minha calça. — Ela ri. — Falei exatamente igual você falaria. A convivência está me afetando.
— Então se afaste de mim.
— Nem pensar.
Kisa estica a mão vendo o anel de noivado e suspira.
— A gente vai casar e todo mundo vai saber o que vamos fazer na lua de mel. — Me olha. — Igual quando eu engravidar, todo mundo vai saber que transamos. — Solto uma risada. — Estou falando sério, não é para você rir.
— Então você quer ter filhos comigo?
— Sim, só um. — Bota a cabeça em meu ombro.
— Só um? Reze para não ser gêmeos.
Ela arregala os olhos.
— Já disse o quanto odeio a sua família? Porque eu odeio muito.
— Mas acho que todos precisamos de irmãos.
— Porque não vai ser você que vai ficar grávida. — Entrelaça sua mão na minha de novo.
— Como seria nosso bebê?
— Seria parecido comigo, é óbvio. — Ela senta no meu colo. — Teria o cabelo cacheado e os olhos claros da minha família. Poderia ser amoroso como você, e como eu, sincero.
