Capítulo 16

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Eu o observo dormir com as suas mãos me segurando para não cair do sofá que dormimos juntos

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Eu o observo dormir com as suas mãos me segurando para não cair do sofá que dormimos juntos. Meus olhos passam por cada um dos teus detalhes, os fios castanhos lisos caindo pela testa e a barba rala.

Às vezes acho loucura as coisas que eu sinto pelo Alfredo serem tão velhas, desde quando éramos crianças, mas que ainda me deixam tensa e sem saber o que fazer, sem saber como falar ou explicar para mim mesmo.

— Estou começando a me sentir nu para ser tão observado.

Quase caio do mínimo espaço que divido com ele no sofá, mas, por sorte, ele está me agarrando.

— Que susto, Alfredo. — Arranco as mãos dele de mim ao meu por sentada no sofá. 

— Era só não ter ficado me olhando como uma psicopata, Kiki.

Sinto ele deixar um beijo no meu ombro quando ele se põe sentado.

— Intimidade demais. Transamos duas vezes e dormimos juntos duas vezes, está virando mania. — Olho para ele ao meu lado. — Isso não é bom.

— Igual eu carregar sua bolsa, também não é bom, mas virou mania. — Alfredo sorri, convencido.

Sorrio por conta do seu sorriso.

— Eu nunca gostei de dormir com ninguém, nem mesmo quando eu tinha um namorado.

— Seu namorado não reclamava?

— Eu não gostava, mas dormia, eu não iria expulsá-lo do meu antigo apartamento ou ir embora da casa dele. Era rara as vezes, eu estava sempre ajudando a Mirela com a Lou e ficava na mansão.

— É estranho você gostar de dormir comigo?

— Exato.

— Eu amo a sua sinceridade. — Sua mão agarra minha cintura, facilmente ele me puxa para o seu colo. — Eu também gosto de dormir com você, mesmo quando eu acordo com cabelo na boca.

— Isso foi quase uma declaração — debocho.

— Talvez.

— Eu sinto você brincando com os cachos e enrolando no dedo.

— Porque eu amo seu cabelo, é uma coisa tão sua. Ele é muito bonito. — Põe uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

— Declaração parte 2. — Ergo dois dedos. — Alfredo, você é tão romântico.

— Irritante.

— Vamos tomar café da manhã. — Levanto e puxo ele.

Alfredo e eu fizemos o café da manhã juntos, comendo antes de estar pronto, brincando, conversando e rindo. Um momento de intimidade entre nós dois que me deixou alegre, foi um sentimento novo para mim.

Alfredo foi embora por causa da festa e eu fui para o piano. Tocar me deixa em paz, amo sentir as teclas sobre os meus dedos enquanto uma bela melodia ecoa pelo apartamento.

Minha Complicada Paixão - Minhas Paixões 01Onde histórias criam vida. Descubra agora